sábado, agosto 30

O SER

Quando falo em amor verdadeiro, falo daquele que faz a pessoa aceitar-se tal e qual ela é, que a faz colocar-se no topo da sua lista de prioridades, que a faz escolher algo que reflicta quem ela realmente é.

Mas não é isso que acontece. As pessoas normalmente vibram pelo medo, fazem escolhas em relação ao que os outros querem ou que as suas religiões mandam. Estão sempre a pensar nos outros e como fariam para viver vidas que não são suas. Focalizam-se fora de si próprios à procura de exemplos para imitar. Imitar não é Ser.

Ser dá muito mais trabalho, porque obedece a uma lógica própria que apenas tem como referência o que tu sentes e intuis que és. Ser é muito mais desconfortável do que corresponder ao que os outros esperam. Ficar à espera que os outros correspondam é muito mais fácil do que compreendê-los e respeitá-los pelas suas escolhas, assim como defenderes as tuas próprias escolhas em consonância com o que és.

Resumindo. Ser é difícil, os outros reclamam, não aceitam que uma pessoa seja (porque fá-los perceber que eles também não são) e criticam. Mas a alegria interior que vivencias de cada vez que consegues escolher por ti, a serenidade de viver com o peito aberto e em constante mutação para te tornares uma pessoa melhor, é mágico e tem a força de mil montanhas. Nunca mais vais depender. Nunca mais vais achar que estás errada e que alguém te vai castigar. Porque no caminho do Ser não há erro. Tudo é evolução.

A Alma Iluminada,
Alexandra Solnado

quinta-feira, agosto 28

Nos planos espirituais

27.Ago.2008 | Julio Capilé*

Quando ainda não era conhecido o Espiritismo, de posse dos ensinamentos das religiões conhecidas no Mundo Ocidental, a gente pensava que depois de morta a pessoa seguiria para o Céu ou para o Inferno. Com o advento da Doutrina de Kardec ficou-se sabendo que o espírito desprendido da matéria com o fenômeno da morte, ficaria na erraticidade. Essa erraticidade dava-nos a impressão de que a alma ficaria a esmo, sem rumo e sem destino, a não ser que fosse esclarecido em um centro espírita de onde os espíritos superiores encaminhariam para pouso de descanso e paz. Isso ficou mais ou menos obscuro até quando Chico Xavier passou a psicografar mensagens de André Luiz, iniciando pelo livro O Nosso Lar. Neste foram desvendados os mistérios que envolviam aquela palavra erraticidade. Ficamos sabendo que o espírito ao desencarnar segue para o local que suas vibrações o conduzirem.
Ficou-se sabendo que há uma variedade infinita de pousos para o espírito. Os cultivadores da maldade são atraídos pelas trevas; os medíocres para lugares mais ou mentos condizentes com seu pouco desenvolvimento; os bondosos encontram paz e trabalho edificante. Em cada país e, talvez, em cada etnia, existem locais apropriados para receberem os espíritos daquela nação, daquele dialeto, de modo a entenderem os espíritos do Bem que desejam auxiliar. Existem cidades bem desenvolvidas espiritualmente onde até a energia é de causa física fluídica. Há cidades atrasadas cujos habitantes ainda necessitam do alimento físico e sofrem por levarem consigo vícios quando na carne. Como as tendências são incontáveis, também o são os núcleos habitacionais do plano espiritual.
Em o Nosso Lar a gente conhece alguns locais situados mais ou menos sobre o estado do Rio e de Minas, mas da mesma forma existem em vários locais do Brasil e do mundo. O fato é que o Criador não desampara ninguém. Os que ficam à retaguarda terão sempre oportunidade de dar mais um passo rumo à evolução em encarnações vindouras. Os que aproveitaram a escola da Terra têm locais condizentes com sua delicadeza, amorosidade e, principalmente, pelos trabalhos no bem, executados durante a encarnação.
Conta-se um caso dito verídico que uma senhora, com doença incurável, perguntou, em uma junta médica, que tempo teria de vida. Que fossem francos. Disseram-lhe que lhe restavam três meses. Ela não se alterou. Continuou tranqüila e ao chegar em casa relatou o fato aos familiares, sem se alterar. – Disse: três meses são 120 dias. Se eu fizer uma boa ação cada dia, serão 120 boas ações. Esse será meu programa de vida. Com perseverança foi fazendo as boas ações, compreendendo todos, auxiliando tanto quanto podia, até com sacrifícios. Os dias foram passando e, como ela não pensava em si mesma, não percebeu que os 120 dias se escoaram. E fez por mais vinte e três anos. Sem nenhum sofrimento. Quem não é sofredor não se queixa. Não se queixando não atrai piedade. Não atraindo piedade não atrai espíritos sofredores e, distribuindo bom ânimo e alegria, mantém-se feliz.

*Médico. Escreve às 4ªas feiras no O Progresso.
julio.capile@apis.com.br

quarta-feira, agosto 27

Espiritismo e nordestinidade

O romance “A Casa Assombrada”, de Bezerra de Menezes, ganha uma edição revista e com linguagem atualizada

Lá se vão 120 anos, desde que o médico e escritor cearense Bezerra de Menezes escreveu “A Casa Assombrada”. A obra foi publicada originalmente no “Jornal Reformador” e, postumamente, em livro de 1902, sob os auspícios da Federação Espírita Brasileira. Agora, “A Casa Assombrada” ganha novo lançamento, pela Omni Editora, numa edição revista, com linguagem atualizada. A nova edição foi apresentada, na última quinta-feira, na Bienal de São Paulo. E, hoje, será apresentada ao público cearense, às 19h30, no Centro Cultural Oboé.

O livro resgata uma dívida com Bezerra de Menezes. Mostra a pujança da obra do escritor cearense e permite que mais pessoas possam ter acesso aos seus ensinamentos. “Bezerra de Menezes nos contempla com uma obra de grande riqueza cultural, relatando-nos características regionais, da natureza e dos costumes do Norte e Nordeste de nosso país, e inserindo-nos em um contexto no qual fora bastante conhecedor: o Espiritismo. ‘A Casa Assombrada’, diferentemente do que o nome sugere, é um romance de agradável leitura e nos relata a história de um casal apaixonado que vive seu amor além da vida”, explica o editor Luís-Sérgio Santos.

O cineasta Glauber Filho, que assina o prefácio da nova edição de “A Casa Assombrada”, reforça as observações de Luís-Sérgio, dizendo que Bezerra de Menezes discorre com proficiência sobre os aspectos geográficos e antropológicos dos sertões setentrionais. “Um olhar que se antecipa às narrativas de ‘Os Sertões’ (1902), de Euclides da Cunha, ‘Vidas Secas’ (1938), de Graciliano Ramos, e ‘Grande Sertão Veredas’ (1956), de Guimarães Rosa. Não se pretende, com esta comparação, diminuir os grandes autores de nossa literatura, mas sim colocar, sem receio, Bezerra de Menezes no rol desses ilustres”, justifica o cineasta.

O livro serviu de base para o filme “Bezerra de Menezes: o diário de um espírito”, com direção de Glauber Filho e Joe Pimentel. O longa, que traz Carlos Vereza, Lúcio Mauro, Ana Rosa e Caio Blat no elenco, vai ganhar, nesta sexta-feira, as salas de cinema de todo o país. Em Fortaleza, o filme será exibido em duas salas, uma no multiplex do Iguatemi e outra no North Shopping. A data de lançamento, 29 de agosto, coincide com o nascimento de Bezerra de Menezes. Na sexta-feira, o “médico dos pobres” estaria completando 177 anos.

O empresário Luís Eduardo Girão, organizador da Mostra Brasileira de Teatro Transcendental e um dos responsáveis pelo lançamento da nova edição do livro, lembra que Bezerra de Menezes dedicou sua vida ao amor e à caridade, fazendo dele uma das figuras mais veneradas no Brasil, em especial pelos praticantes do espiritismo, que o consideravam o “Allan Kardec Brasileiro”. “Ele é um dos grandes humanistas da história brasileira. Sempre esteve à frente de seu tempo, como político, médico e abolicionista. Bezerra de Menezes unificou o espiritismo no Brasil e foi o grande mentor de Chico Xavier”, diz Girão.

Ações de caridade

O primeiro contato de Bezerra de Menezes com a doutrina espírita ocorreu em 1875, quando ele recebeu de presente um exemplar de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec. No dia 16 de agosto de 1886, com 55 anos, Bezerra proclamou, publicamente, sua adesão ao Espiritismo, durante uma conferência sobre a doutrina. A partir daí, além de se dedicar mais ainda ao próximo, sendo considerado “O médico dos pobres”, passou a escrever artigos e livros sobre a doutrina que abraçara.

De 1887 a 1894, sob o pseudônimo de Max, assinou artigos no jornal “O Paiz”, que foram reunidos no livro “Espiritismo: estudos filosóficos”. Destacam-se, ainda, as obras literárias “Casamento e mortalha”, “A doutrina espírita como filosofia teogônica” e “Uma carta de Bezerra de Menezes” - réplica a seu irmão que censurava sua conversão ao Espiritismo -, além de “A Casa Assombrada”. “Em 1889, Bezerra foi apontado como o único capaz de unir os espíritas brasileiros, tornando-se o presidente da federação Espírita Brasileira. Devido às ações de reestruturação do movimento no país, foi considerado o Kardec brasileiro”, informa Girão.

Rigidez católica

Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti nasceu no dia 29 de agosto de 1831, em Riacho de Sangue, atual Jaguaretama, no interior do Ceará. Vinha de uma família muito conservadora e ligada à política e ao militarismo. Seu pai, Antonio Bezerra de Menezes, era chefe do Partido Liberal na região, capitão de antigas milícias e tenente-coronel da Guarda Nacional. A mãe, Fabiana de Jesus Maria Bezerra, o educou seguindo os rígidos padrões da religião católica. Mais tarde se mudaria para o Rio de Janeiro, onde, apesar das dificuldades financeiras, conseguiu se formar em Medicina, destacando-se na área e na política.

TRECHO DO LIVRO

“Almas do outro mundo”

A poucas léguas da vila de Caicó, no Rio Grande do Norte, havia, no início do Século XIX, uma casa cercada de árvores que encobria os viajantes, na qual, de certo tempo a esta parte, começaram a aparecer visagens que lhe deram a fama de mal assombrada. Os habitantes do campo, nos vastos sertões do Nordeste, têm, de costumes as mais esquisitas crendices, tais como a do lobisomem, mula-sem-cabeça e caipora, a firme convicção de aspirações de almas de outro mundo. Homens de venerado caráter referem fatos de aparições que repugnam os sábios e, principalmente, os padres; mas os fatos não são por isso menos verdadeiros, e a massa popular aceita-os sem relutância. Os mortos voltam do turbilhão donde foram tirados, sem que restem deles memória ou consciência própria, dizem os que admitem a existência de nenhum elemento que não seja o material. O espírito que vai, não volta, dizem os sectários da Igreja Romana, que ensinam a sobrevivência da alma com a memória e consciência do que foi em vida; porém, que dá imediato destino à alma separada do corpo, destino eterno, de que não se pode desprender para vir à terra manifestar-se de qualquer modo para o bem ou para o mal.

ROMANCE

"A Casa Assombrada - Um Romance Espírita"
Bezerra de Menezes
R$ 30
238 páginas
2008
OMINI EDITORA

Lançamento de nova edição do livro, hoje, às 19h30, no Centro Cultural Oboé (Rua Maria Tomásia, 531, Aldeota). Informações: 85 - 3264.7038.

DÉLIO ROCHA
Repórter

domingo, agosto 24

Jethro Tull - Aqualung

Skank - Jack Tequilla

sexta-feira, agosto 22

Emmanuel/Chico Xavier

O mundo é a nossa vasta sementeira e o Evangelho é, sem dúvida, o celeiro divino de todos os cultivadores da terra espiritual do Reino de Deus.

Emmanuel/Chico Xavier

A Alma Também

Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.

Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo.

Será ela menos importante nos achaques do espírito?

Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças.

Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável.

Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez.

No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe.
Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.



Xavier, Francisco Cândido. Ditado pelo Espírito André Luiz.

quarta-feira, agosto 20

Brasil e o Espiritismo

Ana Gaspar | Fé | 19/08/2008 15:32:59

Em meados da década de 1860, a cidade de Salvador conheceu uma explosão espírita de que não há paralelo no Brasil. As obras de Kardec, lidas em francês, eram discutidas apaixonadamente nas classes mais cultas.É assim que Ubiratan Machado coloca em seu livro Os Intelectuais e o Espiritismo como chegou ao nosso país a Doutrina Espírita. E continua sendo apenas estudada pela Corte e como privilégio dos que conheciam o idioma francês. Mas foi em 1865 que realmente oficializou-se o Espiritismo com a fundação do 1º Centro Espírita de conhecimento público, do país, sob a direção do Dr. Luiz Olímpio Teles de Menezes, na cidade de Salvador, O Grupo Familiar do Espiritismo. No ano seguinte, Dr. Menezes publicou sua tradução da Filosofia Espiritualista, uma seleção de trechos de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec.

Ao mesmo tempo, em São Paulo, a Tipografia Literária editava outro livro do Codificador. "O Espiritismo reduzido a sua mais simples expressão" , sem indicação de tradutor.

A primeira conseqüência do trabalho de Luís Olímpio era muito clara, o público que não conhecia o francês começou a ler com bastante interesse a filosofia espírita.

A Segunda conseqüência foi a reação do clero, que começou a falar nos púlpitos sobre os malefícios da nova doutrina e em seguida lançou uma Carta Pastoral, datada de 16 de junho, mas só divulgada a 25 de julho de 1867. Essa Carta em forma de opúsculo acusava violentamente o Espiritismo com inverdades, ocasionando uma série de debates entre Luiz Olímpio e o padre Juliano José de Miranda.

E evidentemente o ponto mais ardoroso era a reencarnação. Encerrou-se finalmente depois de longo tempo quando o padre sabendo que Luiz Olímpio era católico de nascimento, resolveu a questão dizendo que "Espiritismo e Catolicismo são a mesma Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo".

No ano de 1875 a Livraria Garnier lançava a sua primeira tradução de uma obra de Allan Kardec para o Brasil, O Livro dos Espíritos, pelo médico fluminense Dr. Joaquim Carlos Travassos; que foi também o tradutor do O Céu e o Inferno e O Livro dos Médiuns.

Esses são apenas alguns dados extraídos da belíssima obra Os Intelectuais e o Espiritismo em que podemos encontrar o início do movimento Espírita Brasileiro e a necessidade imperiosa dele florescer no Brasil. Os espíritos de Bezerra de Menezes, Humberto de Campos e tantos outros nos trazem mensagens sobre a necessidade de divulgação do Espiritismo no solo pátrio e inclusive em outros países. A mensagem espírita representa a presença de Jesus entre nós, quando afirmou que enviou o Consolador "para que fique eternamente convosco o Espírito da Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas, vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito." (João, XIV: 15 a 17; 26).

(Fonte: Centro Espírita Nosso Lar)

Breve História do Arctic Sunrise


22 de Junho de 2005
GreenlandO navio da Greenpeace MY Arctic Sunrise durante uma tour na Gronelândia. O navio deslocou-se a esta região para documentar e apoiar investigações científicas sobre os impactos e consequências das alterações climáticas.
Talvez por ironia, ou quem sabe justiça poética, antes de juntar-se à frota da Greenpeace, em 1995, o quebra-gelo Arctic Sunrise era um navio utilizado na caça às focas.



Greenpeace Portugal > Entra em Acção! Breve História do Arctic Sunrise
Aproximadamente uma década mais cedo, em 1986, a Greenpeace havia pela primeira vez confrontado o navio, que à época chamava-se Polar Bjorn, enquanto este fazia a entrega de equipamentos para a construção de uma pista de aterragem que possibilitasse a exploração de petróleo e de reservas minerais pelo governo francês. A pista seria construída dentro de uma reserva de pinguins na Antárctica. Na Tasmâmia, um activista escalou o mastro do Polar Bjorn, içou a bandeira da Greenpeace e acorrentou-se ao cesto da gávea. Era um presságio do que estava por vir.

Posteriormente, todo o continente Antárctico foi declarado parque mundial, e a exploração mineral e petrolífera foi banida da região. Para o governo francês, o Arctic Sunrise já não era de qualquer utilidade. Para a Greenpeace, sim.

A vida do Arctic Sunrise junto à Greenpeace começou com a campanha para o fim do descarte de instalações petrolíferas no mar. Lançados do navio, activistas da organização ocuparam a reserva de petróleo Brent Spar, localizada no Mar do Norte, para evitar que a instalação de 14.500 toneladas fosse afundada. A acção, que integrava a campanha para a eliminação do descarte oceânico, colocou a Greenpeace contra as forças do governo britânico e da maior empresa de petróleo do mundo à época.

Desde sua acção inaugural, o Arctic Sunrise tem lutado em muitas campanhas. Já investigou a poluição de plataformas de petróleo no Mar do Norte, perseguiu embarcações piratas que pescavam ilegalmente no Oceano Índico, confrontou poluidores no Mediterrâneo, e no Pacífico colocou-se na rota de um míssil que estava a ser testado para o “Guerra das Estrelas”, sistema de defesa dos EUA.

Durante o outono passado, no oceano Antárctico, o Arctic Sunrise foi deliberadamente atacado e danificado pelo Nisshin Maru, o navio-fábrica da frota baleeira japonesa, duas vezes mais longo e seis vezes mais pesado que o navio da Greenpeace. O impacto deixou o Sunrise abalado e danificado, mas felizmente nenhum membro da tripulação ficou ferido.

Fazendo jus ao nome, o Arctic Sunrise tem passado muito tempo a navegar nas regiões polares. Fez diversas viagens ao Mar de Beaufort, no Oceano Árctico, para confrontar os testes para a criação de novas reservas de petróleo, e documentou as alterações climáticas tanto no Alasca quanto na Groelândia.

Em 1997, tornou-se o primeiro navio a circunavegar a Ilha James Ross, na Antárctica, no que fora uma jornada impossível até que um bloco de gelo de 200 metros de espessura, que ligava a ilha ao continente Antárctico, veio abaixo. Mais um sinal das alterações climáticas que o Arctic Sunrise ajudou a documentar.

Agora, após quase três meses no Mediterrâneo a denunciar actividades destructivas e a documentar as áreas marinhas que necessitam de protecção, o Arctic Sunrise está a aproximar-se de águas portuguesas. Em breve, este navio que já fez tanto por nossas campanhas, estará aqui para divulgar a campanha de mercado de peixe da Greenpeace em Portugal, em mais uma luta para ajudar a salvar os nossos oceanos.

segunda-feira, agosto 18

Iluminada beleza


Me perdi naquela deslumbrante beleza, ali, sendo pelo sol fotografada, quando em seu olhar encontrei pérolas brotando de uma nascente de infinita excelência. Nem duvidei de seu quilate. Cheguei mais perto sendo envolvido pelo inebriante e suave aroma que emanava da linda cabeleira castanho-claro que passeando ao vento, emoldurava a mais linda face em lábios de rubi que eu já vira.

Extasiado, descobri o nome da flor por Deus lapidada, Yves, mas meus pés já não tocavam o chão. Flutuavam em uma clave de sol, pois havia música e magia no sorriso daquela deusa de bronze e suas palavras soavam cânticos aos meus ouvidos embriagados de formosura e suavidade, até quando ela sussurrou: “Até logo!”

Passaram-se os dias, semanas, e na mais bela lua da minha vida ela apareceu sorrindo e me deixou encantá-la. Vivemos a “noite dos meus sonhos”, nos amando por algumas tantas maravilhosas luas e então ela se foi nas garras de uma águia prateada.

Um desencontro nos aguardava e eu nunca mais, até agora, repetiria esse momento de intensa sublimação quando a perfeição passou por mim e eu a vivi.

Lígia Saavedra

Parábola do Avarento

FEDERAÇÃO ESPÍRITA



José Argemiro da Silveira

Ribeirão Preto-SP



“As terras de um homem rico produziram abundantemente. Ele então discorria consigo: Que hei de fazer, pois não tenho onde recolher os meus frutos? Finalmente disse: farei isto: derrubarei os meus celeiros, construirei outros maiores, e neles guardarei toda a colheita e os meus bens. E direi à minha alma: tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come, bebe e regala-te. Deus, porém, disse a esse homem: Insensato, esta noite mesmo virão demandar tua alma; e as coisas que ajuntaste, para quem serão? Assim acontece àquele que entesoura para si, e não é rico em Deus” (Lucas, 12: 16-21)

Esta parábola, que é também conhecida como do rico insensato, é de fácil compreensão. Nada há nela para se interpretar. O ensino transmitido por Jesus é direto e claro. É pena que nós, que nos consideramos cristãos, não reflitamos sobre esse ensino, buscando aplicá-lo em nossas vidas.

Jesus nos mostra ser uma insensatez fazer nossa segurança, nosso bem estar, depender do dinheiro, dos valores materiais. A paz, a felicidade que tanto buscamos dependem dos valores do Espírito – o saber e as virtudes – e não dos bens materiais. Na Terra, como Espíritos encarnados, precisamos dos bens deste plano. Porém os recursos materiais (dinheiro, saúde, poder, prestígio, fama) têm um valor relativo. São bons, porque trabalhando com eles vamos desenvolvendo em nós a “verdadeira propriedade” (a que o ladrão não rouba e a traça não come), que são os bens do Espírito. Mas é importante saber o que é principal e o que é secundário. Jesus nos ensina que os bens do Espírito (saber e virtudes, ou seja, a evolução espiritual) são os principais. Os bens relacionados com a vida física têm o seu valor, mas não devem constituir no objetivo maior da vida. Mesmo porque, na verdade, estes bens não nos pertencem. Deles somos apenas usufrutuários. O Pai no-los concede, e quando Lhe aprouver no-los retira.

Indício de inferioridade espiritual é o apego aos bens materiais. O Espiritismo nos esclarece que o egoísmo é o vício radical (L.E. perg. 913); dele deriva todo o mal.

Pensando fazer “pé de meia”, em garantir o seu futuro, o homem se lança ao trabalho, e, nesse afã, muitas vezes, sem refletir no rumo que vai dando à sua vida, passa a sacrificar tudo em favor daquele objetivo: acumular bens para desfrutar de um futuro mais

Ameno. O trabalho é uma lei da Natureza e por isso mesmo uma necessidade. Aprendemos com a Doutrina Espírita que o trabalho não se resume às ocupações materiais. O Espírito também trabalho. Sem o trabalho o homem permaneceria na infância intelectual, por isso que deve a sua alimentação, a sua segurança e o seu bem-estar ao seu trabalho e à sua atividade. Entretanto, muitas vezes, nos preocupamos em demasia com os problemas materiais, em detrimento do Espírito. Deixamo-nos levar pela ambição, pelo desejo insaciável de acumular bens e fortuna, e esquecemos do principal: A evolução espiritual.

Cuidemos, sim das coisas materiais, pois enquanto estamos aqui precisamos delas, mas não nos esqueçamos que o homem é um Espírito que anima uma carne.Tudo que é da carne é passageiro, não nos pertence, e não soluciona nossas carências espirituais. Ouçamos o Mestre: “Ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não penetram nem roubam”.

Todo ato nosso em benefício de outrem, assim como todo cuidado em vencer nossas imperfeições, suscita um impulso para cima, equivalente a um depósito de tesouro no céu. Busquemos, pois, no Evangelho de Jesus, a inspiração sobre como gerir os “talentos” que nos foram emprestados, lembrando-nos sempre do avarento da parábola, cuja alma, na mesma noite em que fazia planos para o “futuro” foi chamada pelo Senhor.



Fonte: Verdade e Luz, edição 247 . Agosto de 2006

Federação Espírita do Estado de Mato Grosso . WWW.feemt.org.br

História de Adolfo Bezerra de Menezes

História de Adolfo Bezerra de Menezes na telona
Filme de Glauber Filho e Joe Pimentel conta a história de Adolfo que era conhecido como o médico dos pobres

Redação EM Cultura


O médico Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900) foi um dos mais importantes cidadãos brasileiros do século 19. Se poucos no século 21 conhecem seu nome, é por dois motivos. Primeiro, porque somos um país que se importa pouco com sua própria memória. Segundo, porque, da mesma forma como ocorre quanto à questão étnica, em que fingimos não ser racistas numa sociedade nitidamente dividida por raças, também na questão religiosa pretendemos ser tolerantes mas freqüentemente torcemos o nariz para quem não comunga de nossas crenças. E para os católicos e evangélicos de plantão, que predominam por aqui, Bezerra de Menezes cometeu um pecado imperdoável: além de ter aderido ao espiritismo, contribuiu, e muito, para que o Brasil se tornasse o país com a quarta maior população espírita do mundo. O filme Bezerra de Menezes – O diário de um espírito, dirigido pelos cearenses Glauber Filho e Joe Pimentel, tem a pretensão de preencher parte dessa lacuna em nossa memória coletiva. Bezerra de Menezes tem pré-estréia segunda-feira (18/08), às 21h, no BH Shopping, com a presença do diretor Pimentel, do ator Carlos Vereza e do produtor executivo Luís Eduardo Girão.

Videochat: converse sobre o filme com Carlos Vereza nesta segunda-feira (18/08) às 17h no Portal UAI

Bezerra de Menezes participou de boa parte das tentativas de transformação do Brasil em um país desenvolvido ainda no século 19. Era chamado de “médico dos pobres” por sua opção profissional pelos excluídos, numa ação que muitos vêem, hoje, como um embrião de programas de medicina social e comunitária. Na vida política, defendeu causas como o abolicionismo e se posicionou freqüentemente contra a estrutura conservadora que garantia aos latifundiários o controle do Brasil rural. Nos negócios, fez parte da geração que acreditou na ferrovia como caminho possível para a integração do país. Em 1875, conheceu O livro dos espíritos, de Allan Kardec, fundador do espiritismo, que morrera poucos anos antes, e dedicou-se a estudar e divulgar aquela doutrina.

O diário de um espírito junta a reconstituição da biografia de Bezerra de Menezes a elementos documentais, unidos pela narrativa em off extraída de textos do próprio biografado – inclusive o célebre discurso em que o médico assumiu publicamente sua adesão ao espiritismo. A elaboração do roteiro partiu de intensa pesquisa sobre Bezerra de Menezes, conduzida por Luciano Klein (biógrafo do médico) e a roteirista Andrea Bardawill. Às vésperas da realização do filme, outro problema ligado à falta de memória brasileira se apresentou aos produtores: encontrar interiores do século 19 intactos o suficiente para permitir que a reconstituição de época do filme convencesse os espectadores.


BEZERRA DE MENEZES – O DIÁRIO DE UM ESPÍRITO
Pré-estréia segunda-feira, às 21h, no BH. Lançamento previsto para o dia 29.

sábado, agosto 16

A casa assombrada

Como parte da programação de lançamento do filme Bezerra de Menezes - O Diário de um Espírito, dirigido pelo cearense Gláuber Filho, será lançado no próximo dia 26, às 19h30min, no Centro Cultural Oboé, o livro A Casa Assombrada de Bezerra de Menezes. O livro, com selo da Omni Editora, foi escrito em 1888 e publicado originalmente no Jornal Reformador (hoje tem formato de revista), postumamente em formato de livro em 1902 com apoio da Federação Espírita Brasileira. Foi o cearense Bezerra de Menezes quem trouxe o Espiritismo para o Brasil. Ele conheceu o Espiritismo em 1875, através de O Livro dos Espíritos, e, em 1886, proclamava sua adesão ao Espiritismo, com direito a uma nota publicada pelo jornal O Paiz

Vivaldi e As Quatro Estações


Vivaldi, um dos maiores talentos do período barroco. Apesar da fama de que gozou em vida, foi logo esquecido com o advento do classicismo. Seus originais, encadernados após sua morte em 27 volumes e vendidos a particulares, foram redescobertos na década de 1920. Antonio Lucio Vivaldi nasceu em 4 de março de 1678, em Veneza. Em 1703, aos 25 anos, ordenado sacerdote, tendo abandonado a batina um ano depois. Foi nomeado mestre de violino do Ospedale della Pietà, instituição veneziana que acolhia crianças abandonadas, famosa por seu conservatório musical.

Compôs a maior parte de suas obras para os grupos musicais da instituição e assim consolidou sua reputação como compositor e maestro.

O amor à arte e a coragem em romper as regras vigentes na sociedade veneziana do final do século 17 e início do 18, certamente, foram as marcas principais na trajetória de Vivaldi. Suas melodias agradavam a minoria intelectual e despertavam interesse em pessoas que, até então, se mantinham distantes da música.

A partir de 1713, o diretor do coro do Ospedale deixou seu posto e a Vivaldi foi encomendada música vocal sacra. O compositor criou mais de trinta cantatas, oito motetes e um Stabat mater. No mesmo ano, sua primeira ópera, Ottone in villa, foi produzida em Vicenza. De 1718 a 1720, Vivaldi trabalhou em Mântua como diretor musical e compôs várias óperas. A década de 1720 correspondeu ao auge de sua carreira. Novamente radicado em Veneza, forneceu obras instrumentais para toda a Europa.

A música instrumental do barroco tardio deve a Vivaldi muitos de seus elementos característicos. De sua obra conservam-se quase 500 concertos, compostos na maior parte para um instrumento solista, orquestra de cordas e contínuo. Destacam-se as coleções L'estro armonico (1712), La stravaganza e Il cimento dell'armonia e dell'inventione (1720), que inclui os concertos conhecidos como Le quattro stagioni (As Quatro Estações).

As Quatro Estações é a mais famosa obra de Vivaldi. Na verdade, elas fazem parte de 12 concertos denominados O diálogo Entre a Harmonia e a Criatividade. Nessa série, se acentua a tendência ao sentido pitoresco que resulta na tentativa de se expressar, musicalmente, fenômenos da natureza ou sentimentos, como a primavera, o verão, o outono e o inverno.

A partir de 1729, parou de publicar suas obras, por perceber que era mais lucrativo vender os manuscritos a compradores particulares. Na década de 1730, seguiu-se o declínio. Vivaldi morreu em Viena, em 28 de julho de 1741. Seus concertos foram tomados como modelos formais por vários compositores do barroco tardio, inclusive Bach, que transcreveu dez deles para teclados.

Obras de Vivaldi

Mais de 500 concertos destinados a quase todos os instrumentos: viola, violino, violoncelo, flauta transversa, oboé, fagote, cravo, clarinete, alaúde, órgão, empregues individualmente ou agrupados (210 dos quais para violino ou violoncelo solo).
94 óperas - a qualidade das suas melhores óperas é no entanto insuperável no seu género. As árias são autênticos "concertos para voz", e os recitativos riquíssimos e expressivos, com grande modelação cénica. De entre os seus trabalhos operáticos destacam-se as seguintes obras: "Orlando Furioso", "Catone in Utica" (da qual Vivaldi só compôs dois actos), ou "Farnace", entre outras.
23 Sinfonias,
73 sonatas,
Música de câmara,
Música sacra (oratorio Juditha Triumphans, composta para a Pietá; dois Gloria; Stabat Mater; Nisi Dominus; Beatus Vir; Magnificat; Dixit Dominus e outros).

Madonna chega aos 50 e começa turnê que deve passar pelo Brasil




FERNANDO KAIDA
Editor de UOL Música

Mais importante nome do pop das últimas três décadas, Madonna chega aos 50 anos neste sábado (16) com a carreira em um de seus melhores momentos. A cantora lançou recentemente o elogiado disco "Hard Candy", assinou no final de 2007 um contrato de dez anos estimado em US$ 120 milhões com a empresa Live Nation, que vai gerenciar sua carreira e lançar seus discos, e começa, no dia 23 de agosto, a turnê mundial "Sticky and Sweet" que deve passar pelo Brasil em dezembro.

O que diferencia Madonna dos demais grandes nomes do pop a partir dos anos 70 --anteriores à própria estréia da cantora-- é a consistência de sua carreira nestes mais de 25 anos. Disco após disco, turnê após turnê, depois de mudar de visual inúmeras vezes, Madonna segue tão popular quanto em sua época de "material girl". Seus álbuns, mesmo os duramente criticados, quase sempre são recebidos como indicação certeira para onde vai a música pop --e vão para o topo das paradas: Madonna já vendeu mais de 200 milhões de discos em todo o mundo.

Poucos artistas sabem como trabalhar referências ainda restritas a guetos --vogue, electro, parkour, entre outros-- e embrulhá-las de forma acessível para o grande público, além de se aliar a produtores de renome sem perder o controle da situação. Como uma verdadeira artista-empresária, Madonna parece ter sempre o controle total da situação.

De tempos em tempos, Madonna se envolve com cinema --com resultados geralmente sofríveis, porém que não abalam a carreira dela-- e chegou até a escrever contos infantis no começo desta década, algo impensável dez anos antes, quando erotizava o mundo com "Erotica" e o livro "Sex".

A isso se somam a dedicação da estrela pelos ensinamentos da cabala e seu cada vez mais evidente lado humanitário, principalmente voltado à ajuda aos orfãos do Maláui, país africano de onde adotou o terceiro filho. Todos os passos da cantora são acompanhados incessantemente, sem que qualquer deslize esbarre na adoração dos fãs por sua música e imagem.

Desde que lançou em 1983 o primeiro sucesso, "Holiday", a cantora sempre fez questão de deixar a palavra "controvérsia" bem próxima de sua figura. Nos anos 80, apareceu cantando vestida de noiva com um cinto em cuja fivela se lia "Boy Toy", encarnou a versão garota materialista que parodiava Marilyn Monroe e enfureceu a igreja católica ao beijar um santo negro.

Na década seguinte, exaltou o lado sexual com clipes como "Justify My Love" e o documentário "Na Cama com Madonna", e, mais comportada, interpretou no cinema Evita Perón, ícone político argentino. Entre a segunda metade dos anos 90 e o começo dos 2000 teve os filhos Lourdes Maria (1996) e Rocco (2000) e lançou discos como "Ray of Light" e "Music".

Nesta década, utilizou sua música para criticar o governo norte-americano e a guerra, sem deixar de causar irritação em alguns setores conservadores --como a sua "crucificação" na turnê "Confessions"-- e exaltar a diversão e as pistas de dança.

UOL Megastore

Candy Shop
Madonna
OuvirComprar
Agora, em 23 de agosto, faz no País de Gales seu primeiro show aos 50 anos para mostrar que, enquanto Britneys, Shakiras e Aguileras tentam, Madonna dificilmente perderá tão cedo o título de rainha do pop.

UOL Celular

sexta-feira, agosto 15

Num dia de 1952, Morey Bernstein hipnotizou Virginia Tighe

waldon
More options Aug 13, 7:30 pm

From: waldon
Date: Wed, 13 Aug 2008 11:30:35 -0700 (PDT)
Local: Wed, Aug 13 2008 7:30 pm
Subject: Bridey Murphy e os erros da terapia de vidas passadas, terapia da regressão
Reply | Reply to author | Forward | Print | Individual message | Show original | Report this message | Find messages by this author
Bridey Murphy
Num dia de 1952, Morey Bernstein hipnotizou Virginia Tighe. Ela
começou a falar numa variante de irlandês e afirmou ser Bridey Murphy
de Cork, Irlanda. Bernstein hipnotizou Virginia, aliás Bridey, muitas
vezes depois disso. Sob hipnose, ela cantou canções irlandesas e
contou histórias da Irlanda, sempre como Bridey Murphy. Bernstein
escreveu um livro, The Search for Bridey Murphy, que se tornou um best-
seller. Gravações da sessões foram feitas e traduzidas em mais de 12
linguas. Os discos tambem se venderam bem. O boom da reincarnação
tinha começado.

Jornais enviaram repórteres à Irlanda investigar. Onde estava uma
ruiva Bridey Murphy que viveu na Irlanda no séc. XIX? Quem sabe, mas
um jornal--the Chicago American--encontrou-a no seculo 20 em Chicago.
Bridie Murphey Corkell viveu na casa do outro lado da rua onde
Elizabeth Tighe cresceu. O que Elizabeth contava debaixo de hipnose
não eram memórias de uma vida anterior mas recordações da sua
infância. Muitas pessoas ficavam impressionadas com os detalhes das
recordações, mas detalhes não são prova de autenticidade.


Como Martin Gardner afirma "Qualquer sujeito hipnótico capaz de entrar
em transe balbucia acerca de uma encarnação anterior se o hipnotista
lho pedir. Tambem narra as futuras... De qualquer modo, com uma
investigação do passado, descobre-se que o narrado é bocados de
informação adquiridos nos primeiros anos de vida." Ou, o sujeito
limita-se a inventar.


---------------------------------------------------------------------------­-----


Leituras


Gardner, Martin. Fads and Fallacies in the Name of Science (New York:
Dover Publications, Inc., 1957), ch. 26

PARA ONDE VAMOS E O QUE FAZEMOS POR AQUI

A Terra é uma nave que percorre um caminho subtil em direcção ao fim dos tempos. Um caminho demorado visto só poder chegar a bom porto quando estiverem concluídas algumas premissas.

A primeira delas é a Terra conseguir chegar inteira. Antes que a própria Humanidade destrua a Humanidade. A segunda, é que os homens consigam chegar a um nível de evolução em que consigam abandonar a Terra. Consigam tipos de consciência cada vez mais subtis, que façam com que o corpo perca densidade e já não obedeça às leis da gravidade e da física.

O corpo dos homens dentro de alguns milhares de anos poderá começar a ficar transparente, mais consciência e menos corpo, e o Homem gradualmente não precisará mais respirar, nem de uma Terra para viver. Chegaremos nessa altura ao segundo estágio da criação, que significa que a experiência da matéria foi superada.

Vamos para um sítio onde o homem ganha uma consciência superior e se responsabiliza por não maltratar mais os seus irmãos nem esta imensa bola em que vive, que é sua casa. É necessário conectar as pessoas com o céu, de todas as formas possíveis, de modo a que elas possam reidentificar quem são e comecem a compreender que TODAS, sem excepção, fazem parte deste projecto evolutivo chamado Humanidade.

É uma questão de consciência. O ser humano veio à Terra promover o seu processo evolutivo a nível material. Mas como não deixa de ser um espírito, não deverá deixar de se conectar com o que é. A parte material é a novidade. A parte espiritual é o nosso lado mais antigo, mais genuíno.

O que vimos fazer à Terra é sermos nós próprios, que já éramos em espírito, mas numa nova dimensão. A material. Assim, essa conexão matéria/espírito, o que sou aqui em baixo, conectado com o que sou lá em cima, é o nosso objectivo.

Este Jesus Cristo que Vos Fala, Livro1/A Entrega
Alexandra Solnado

5º Encontro Espírita sobre as Dependências

SRZD - Fé | Fé | 15/08/2008 11:36:31| DiHitt: indicar
impressão | Envie por e-mail | RSS


O Núcleo de Estudos sobre Dependências e Espiritismo (NEDE) realiza o 5º Encontro Espírita sobre as Dependências (EED). Em 2008, o encontro irá abordar o tema "Adolescência Integral" e será aprofundado o entendimento a respeito da visão espírita da adolescência nas dependências.

Embora o assunto se refira ao processo adolescente, ele não se restringe em focalizar apenas os jovens. O diferencial da proposta se refere à sua abordagem, pois a adolescência foi vista pela via do cuidado de quem cuida. Assim, pretende-se convidar os educadores para repensarem e compreenderem a própria adolescência como meio de cooperar com a juventude.

O trabalho será apresentado simultaneamente também para a infância e a juventude, com o tema "Egoísmo e dependências".

No encontro também será feito o lançamento do livro "Adolescência Integral", de Elisa Goulart.

O evento será realizado no dia 17 de agosto, domingo, das 8h30min às 13h, no Centro Espírita Léon Denis, Rua Abílio dos Santos, 137, Bento Ribeiro, Rio de Janeiro, RJ.

Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2452-1846.

segunda-feira, agosto 11

Fleetwood Mac-Caroline

Family Man - Mike Oldfield


Pesquisa
Fé em Deus move a juventude brasileira
Instituto alemão revela que 65% os jovens afirmam que são profundamente religiosos e mais de 90% acreditam na existência de um ser pessoal e completo em sim mesmo
Sabrina Abreu - Ragga
Ao pensar em terras brasileiras, é comum vir à mente a idéia de muita liberdade. A combinação “verão longo com litoral extenso e pouca roupa” não parece inspirar hábitos muito religiosos. Mas quem diria que em cenário desses os jovens estão em terceiro lugar no ranking dos mais religiosos do mundo.

Segundo a pesquisa do instituto alemão Bertelsmann Stiftung, 65% da juventude brasileira se declara profundamente religiosa. O país perde apenas para Nigéria e Guatemala e está empatado com Indonésia e Marrocos. A pesquisa considerou as respostas de 21 mil jovens, com idades entre 18 e 29 anos, em 21 países. Quando o assunto é apenas acreditar na existência de Deus, os brasileiros ficam em segundo lugar: mais de 90% dos jovens crêem “que existe um ser superior pessoal e completo em si mesmo” – para usar o conceito da pesquisa.

A colocação brasileira não choca todos. “O resultado não é novidade para quem já acompanha o perfil religioso dos brasileiros”, afirma a doutora em sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maria Cristina Leite. Segundo ela, a religião é um valor muito forte para nossa sociedade e, por isso, é comum que as pessoas se declarem religiosas, mas se recusem a seguir os dogmas de uma religião institucionalizada.

No quesito “obediência às normas religiosas”, o texto final da pesquisa faz uma consideração específica sobre os brasileiros, porque, apesar do alto número de religiosos no país, apenas 35% se dedicam a cumprir o que a religião ordena. A fotógrafa Melissa Balsa, de 28 anos, faz orações todos os dias e tem uma rotina muito ligada à religião. Entretanto, ela não tem compromisso com uma igreja específica. “Gosto de ir à missa de vez em quando”, conta ela, que também participa de reuniões em outros templos religiosos de Belo Horizonte, onde mora. Em altar montado em seu quarto convivem, sem rixas, divindades do budismo, espiritismo e catolicismo. A estátua de São Jorge causa dúvida. Afinal, seria o santo católico ou o Ogum do candomblé? “Os dois. Ele é um só”, é a resposta.

Criada em família espiritualista, Melissa se declara zen-budista. Mas avisa: pega o melhor de cada fé. “Tudo me fortalece muito”, declara. Seu modo de pensar é fruto do sincretismo, tradicionalmente brasileiro, mas tem raízes também na contemporaneidade. “Os jovens de hoje têm muita informação na internet e em todo lugar. Por isso, formam a própria crença”.

Oferta grande

De fato, diante da ampla oferta de crenças e religiões, parece difícil optar por uma só. A estudante Lorena de Souza Ferreira, de 21, é católica “praticante”, como faz questão de frisar. Para ela, o hábito de professar uma fé e não se dedicar a ela é restrito a pessoas que não têm muito conhecimento da própria religião. “Ocorre com os evangélicos também”, compara. Ela freqüenta a Paróquia de São Francisco, no Jardim da Penha, Região Sul de Vitória, pelo menos duas vezes por semana. O sábado é dia da reunião de jovens e o domingo é o “dia do Senhor”. “Todo católico é obrigado à ir a missa nesse dia”, justifica.

Embora se dedique apenas a uma religião, Lorena dá sinais de se encaixar no perfil desenhado por Maria Cristina, de acordo com o qual a tendência da religião é se tornar, cada vez mais, individual. Apesar de ir assiduamente à igreja, ela não faz questão de se confessar sempre e, vez por outra, dá uma olhada no horóscopo. “Leio, mas não acredito”, esclarece.

Lemon Tree- filme


DRAMA
Lemon Tree
Uma plantação de limões torna-se motivo de disputa quando um ministro israelense exige a derrubada das plantas


Editorial

A viúva palestina Salma se vê em maus lençóis quando passa a ter como vizinho o Ministro de Defesa de Israel. O exército exige que a plantação de limões dela seja derrubada, por supostamente ameaçar a segurança do político. Indignada com o fato, ela resolve ir à luta.

Para defender seus limões, Salma conta com o advogado Ziad Daud, que a ajuda a levar o caso ao conhecimento da Suprema Corte. O embate judicial provoca interesse na solitária Mira Navon. Ela é mulher do Ministro que deseja a derrubada dos limoeiros e acaba por estabelecer um laço com a nova vizinha.

Lemon Tree é do mesmo diretor de A Noiva Síria e conta também com a mesma protagonista, a atriz Hiam Abbass. O longa foi premiado como Melhor Filme pelo júri popular do Panorama no Festival de Berlim de 2008.

sábado, agosto 9

AS ESCOLHAS

A proposta é a da autonomia. Tens de aprender que só respeitando as tuas escolhas incondicionalmente é que estarás a respeitar-te verdadeiramente. Porque, na realidade, vocês são o que escolhem. O Ser e o Escolher estão intimamente ligados. Escolher é a forma de demonstrares quem És.

Ao escolheres coisas que os outros te propõem e que não conferem com a tua essência, estás a comprometer o teu Ser, quem tu és. E, naturalmente, o céu vai pôr-se a postos para te enviar avisos.

As perdas são o aviso do céu. Nós falamos, enviamos sinais de que algo está incoerente. As escolhas que estão a ser feitas não conferem com a energia original.

Se a pessoa está tão desconectada que nem consegue ler os sinais, então temos de enviar a perda. Para ver se ela acorda. Aceitar a perda serve para questionar o caminho e, posteriormente, corrigi-lo.

A Alma Iluminada,
Alexandra Solnado

quinta-feira, agosto 7

Entrelinhas

entrelinhas : 7/Ago/2008

Tento estabelecer,
uma consciencia que a nós nos é fiel,
Mas o mundo não é igual
aos meus pensamentos
nem todos têm a mesma displicencia...
Nem todos estão de acordo
com minha consciencia
Acorda, e olha o mundo
ele é feito de opções
e por variadas vezes,
ele não é construido com as mesmas convicções
Peço desculpa aqueles que interpretei erradamente,
E desculpo aqueles que fizeram, o mesmo com a minha gente...

Somos feitos das circunstancias,
Envergonhados ou sucedidos,
Somos todos provenientes da mesma situação
a evolução...

A história é feita de situações constrangedoras
porque as convicções são moldadas,
conforme as probabilidades,
Aqui estou EU,
com lição aprendida
Obrigado pela vivencia,
Obrigado pela mutação merecida...


Somos feitos das circunstancias,
Envergonhados ou sucedidos,
Somos todos provenientes da mesma situação
a evolução...

Simplesmente Obrigado...

João Gouvêa Lemos Caiano

A ORAÇÃO DE UMA CRIANÇA

Certa vez, uma mãe viu seu filhinho sentado em um canto da sala, recitando alto as letras do alfabeto: a, b, c, d, e, f, g...

Intrigada, ela se aproximou e lhe perguntou: filho, o que você está fazendo?

Mamãe, você me disse para eu orar sempre a Deus. Acontece que eu não sei como fazer. Então resolvi ir dizendo o alfabeto inteiro para Deus, pedindo que faça uma boa oração com essas letras.

O fato poderia ser tomado como uma dessas coisas de criança se não houvesse tanta fé na simplicidade do gesto. Simplicidade que esquecemos muitas vezes.

Quantas vezes dizemos que não sabemos orar ou como nos dirigir ao criador. Chegamos a pedir a outros que orem por nós, pelas nossas necessidades, pelos nossos afetos, porque não sabemos como orar.

E é tão simples. Orar é dialogar com quem é o maior responsável pela nossa vida, por tudo que somos, desde que nos originamos da sua vontade: Deus.

Não há necessidade de palavras difíceis, rebuscadas ou decoradas. A oração deve ser espontânea, gerada pela necessidade do momento. Ou por um momento de intensa alegria, uma conquista concretizada, um objetivo alcançado.

Já nos ensinou o Mestre Galileu em seu tempo: não creiais que por muito falardes, sereis ouvidos. Não é pela multiplicidade das palavras que sereis atendidos.

E sabiamente ainda ensinou Jesus que se devia orar ao Pai em secreto. Portanto, existem muitas preces que nem chegam a ser proferidas. Explodem da alma para os céus sem que os lábios tomem parte, sem que as cordas vocais sejam acionadas.

Deus vê o que se passa no fundo dos corações. Lê o pensamento dos seus filhos.

A oração pode se tornar incessante em nossas vidas sem que haja necessidade de tomarmos qualquer postura especial. A prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção dos nossos trabalhos.

Pode consistir no ato de reconhecimento a Deus quando escapamos de um acidente que poderia ser fatal. Pode ser um momento de êxtase pela beleza do oceano que joga suas ondas contra as rochas, desejando arrebatá-las para o seu seio.

Ou, ainda, ante o espetáculo de cores do arco-íris após a tormenta que despetalou as rosas.

Sem fórmulas prontas, sem palavras encomendadas ou de difícil pronúncia.

Rogar, agradecer. Exatamente como a criança que ganha um brinquedo, pula no colo do pai, e diz sorrindo: obrigado, papai. Adorei.

Ou, quando, súplice, pede: papai, compra um sorvete? Ah, por favor. Compra, papai.

Singeleza, simplicidade. É assim que devemos dialogar com Deus, nosso Pai.


Deus, em sua infinita misericórdia, criou um canal especial de comunicação para que a qualquer hora, em qualquer lugar, todo ser pensante pudesse falar com ele.

Este canal chama-se prece. Acessível ao pobre, ao abastado, ao letrado e ao desprovido de recursos intelectuais. À criança e ao adulto; a quem crê e até mesmo a quem não crê mas que um dia se dá conta que é muito confortador ter um Pai que escuta sempre, atende e socorre.

Não se esqueça de usar o seu canal especial de comunicação.

a partir do cap. “A oração de uma criança”, da obra Histórias para o coração da mulher de Alice Gray e do cap. XXVII, item 22 de O Evangelho segundo o Espiritismo, Allan Kardec.

quarta-feira, agosto 6

Dor de Mãe





Ai como dói uma dor de Mãe!

Dói pior que uma flecha espetada em seu coração,

Que desejaria estripá-la!

Mas a dor insiste,

Pois dor de uma Mãe é muito mais profunda!


Ai como dói uma dor de Mãe!

Mas a essa dor, ela tudo perdoa!


Mas como dói, meu Deus,

A dor que mais tenho sentido, neste momento!


Quero não sofrer,

Mas sofro minha Mãe!

Dor de Mãe é muito mais profunda!

Pior que cair dentro de um fosso sem luz!


Como sofro Mãe , pela dor de ser Mãe também!

Queria-te aqui carnalmente,

Mas me contento com o teu espírito desencarnado, perto de mim.



Quantas mais provações meu Deus ,terei que passar,

Por este Planeta azulzinho!?


Quando uma Mãe sofre,

Faz sofrer os corações das outras Mães,

E isso não quero não meu Pai!

Tira-me a dor Senhor!

Tira a dor de meus filhos!

Quero sim, Senhor, aprender sempre mais como Mãe,

Pois nasci menina,

Depois Mulher,

E, a seguir Mãe.


Senti-me plena a tê-los!

Nem uma lágrima Viste-me escorrer,

Na hora que os pari!


Mas esta dor,

De sentir a dor de um filho,

Não quero não Senhor!


Guarda-nos Senhor,

Para que a provação termine.


Protege meus filhos que ao Mundo gerei!

E ao Mundo os lancei!


Madalena Gouvêa Lemos

Consolações espíritas

Cairbar Schutel

Publicado em 4 de agosto de 1928

Toda a luz, todo o bem, toda a Verdade, toda a consolação vêm de Deus: “só Deus é bom; exclusivamente dessa fonte é que nos vem a coragem na luta e a vida para vencermos as provas que nos são facultadas para o nosso bem-estar e felicidade futura.
Estamos rodeados de seres visíveis e invisíveis que a todos os momentos influem na nossa vida, causando-nos mal, perturbando-nos o sossego e a paz, mas também é inegável que poderosa falange de Espíritos amigos velam por nós, e dos momentos difíceis, quando a nossa energia parece periclitar, eles fazem em nós e por nós o que nós mesmos não podemos fazer: sustentam-nos, amparam-nos, fortificam-nos e nova claridade amplia os horizontes da nossa visão, num conforto divino, num influxo celeste uma voz cicia aos nossos ouvidos, como ao Ahsverus errante da vida: “ergue-te ó homem, e caminha, luta para venceres a batalha, porque venturas sem conta te esperam no seio infinito de Deus.”
O Espiritismo é a Doutrina da Vida, só ele nos põe em relação com o Criador, só ele traça essa união sagrada do finito com o infinito, do pequeno com o grande, do imortal com o Eterno.
Ministrado pelas Celestes Potências que dirigem o Movimento de Espiritualização da humanidade, o Espiritismo é o expoente máximo da Fé que não vacila, da religião que domina na Terra como impera no Céu, das Virtudes ativas que engrandecem e salvam.
Baseado na Imortalidade proclamada pelos seus fatos inconcussos, inscrevendo em sua bandeira o princípio das vidas sucessivas, fator primordial do progresso do espírito, recomendando a tolerância e a indulgência para com os adversários e o Amor extensivo a todos os seres da Criação, o Espiritismo será muito em breve a Doutrina dominadora de todos os povos, a Luz salvadora de todas as nações, porque só ele, pelos seus princípios e fenômenos objetivos e subjetivos, poderá proclamar a Fraternidade Universal sob a Paternidade de Deus.
Amá-lo, estudá-lo, segui-lo, propagá-lo; dedicar-lhe os nossos maiores esforços e afetos, é fazer obra de engrandecimento próprio e do próximo, é cooperar para a evolução de todas as almas, é nos tornar filhos amorosos e obedientes do Supremo Senhor a quem devemos a nossa vida e os poucos mas reais haveres imperecíveis que possuímos.
Como filosofia o Espiritismo é sem igual, resolvendo todos os problemas que se desdobram diariamente às nossas vistas; como ciência é a única imperecível por basear-se no princípio imortalista que deve alicerçar a Verdade; como religião é o fac-simile da Doutrina de Jesus, sob cuja PEDRA – a REVELAÇÃO, se acham fundados os seus excelsos Ensinos.
Portanto... só o Espiritismo é a Fonte viva das consolações que precisamos para vivermos e progredirmos.


http://www.oclarim.com.br

As imbatíveis e inesgotáveis forças do Espiritismo - Allan Kardec1

Allan Kardec1

Falsíssima idéia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da prática das manifestações materiais e que, portanto, obstando-se a tais manifestações, se lhe terá minado a base. Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom-senso. Na antiguidade, era objeto de estudos misteriosos, que cuidadosamente se ocultavam do vulgo. Hoje, para ninguém tem segredos. Fala uma linguagem clara, sem ambigüidades. Nada há nele de místico, nada de alegorias suscetíveis de falsas interpretações. Quer ser por todos compreendido, porque chegados são os tempos de fazer-se que os homens conheçam a verdade. Longe de se opor à difusão da luz, deseja-a para todo o mundo. Não reclama crença cega; quer que o homem saiba por que crê. Apoiando-se na razão, será sempre mais forte do que os que se apóiam no nada.
Os obstáculos que tentassem oferecer à liberdade das manifestações poderiam pôr-lhe fim? Não, porque produziriam o efeito de todas as perseguições: o de excitar a curiosidade e o desejo de conhecer o que foi proibido. De outro lado, se as manifestações espíritas fossem privilégio de um único homem, sem dúvida que, segregado esse homem, as manifestações cessariam. Infelizmente para os seus adversários, elas estão ao alcance de toda gente e todos a elas recorrem, desde o mais pequenino até o mais graduado, desde o palácio até a mansarda. Poderão proibir que sejam obtidas em público, sabe-se, porém, precisamente que em público não é onde melhor se dão e sim na intimidade. Ora, podendo todos ser médiuns, quem poderá impedir que uma família, no seu lar; um indivíduo, no silêncio de seu gabinete; o prisioneiro, no seu cubículo, entrem em comunicação com os Espíritos, a despeito dos esbirros e mesmo na presença deles? Se as proibirem num país, poderão obstar a que se verifiquem nos países vizinhos, no mundo inteiro, uma vez que nos dois hemisférios não há lugar onde não existam médiuns? Chegassem mesmo, o que não seria mais fácil, a queimar todos os livros espíritas e no dia seguinte estariam reproduzidos, porque inatacável é a fonte donde dimanam e porque ninguém pode encarcerar ou queimar os Espíritos, seus verdadeiros autores.
O Espiritismo não é obra de um homem. Ninguém pode inculcar-se como seu criador, pois tão antigo é ele quanto a criação.

Nunca perdi de vista que não passo de um instrumento nas mãos da Providência. Convencido da verdade desta Doutrina, e do bem que ela está chamada a produzir, tratei de lhe coordenar os elementos; esforcei-me por torná-la clara e inteligível para todos. É tudo quanto me cabe e, assim, jamais me considerei seu criador: a honra pertence inteiramente aos Espíritos.
Nos trabalhos que tenho feito para alcançar o objetivo a que me propunha, sem dúvida fui ajudado pelos Espíritos, como eles próprios já me disseram várias vezes, mas sem o menor sinal exterior de mediunidade. Assim, não sou médium, no sentido lato da palavra, e hoje compreendo que é uma felicidade que assim o seja. Por uma mediunidade efetiva, eu só teria escrito sob uma mesma influência; teria sido levado a não aceitar como verdade senão o que me tivesse sido dado, e talvez injustamente, ao passo que, na minha posição, convinha que eu desfrutasse de uma liberdade absoluta para captar o bom, onde quer que se encon¬trasse e de onde viesse. Foi possível, assim, fazer uma seleção dos diversos ensinamentos, sem prevenção e com total imparcialidade. Vi muito, estudei muito e observei bastante, mas sempre com o olhar impassível; nada ambiciono, senão ver a experiência que adquiri posta em proveito dos outros.
Se se consi¬derar que o Espiritismo deve a sua propagação às suas próprias forças, sem contar com o apoio de nenhum dos meios auxiliares que, em geral, fazem tanto sucesso, e malgrado os esforços de uma oposição sistemática ou, antes, em virtude mesmo desses esforços, não podemos deixar de ver nisto o dedo de Deus. Se seus inimigos, embora poderosos, não lhe puderam paralisar o avanço, forçoso é convir que o Espiritismo é mais poderoso que eles.
Se dissermos que o segredo de seu poder está na vontade de Deus, os que não crêem em Deus escarne¬cerão. Há também pessoas que não negam a Deus, mas se julgam mais fortes que Ele; esses não riem: opõem barreiras, que imaginam intransponíveis e, contudo, o Espiritismo as ultrapassa todos os dias e sob suas vistas. É que, efetivamente, ele tira da sua natureza, de sua própria essência, uma força irresistível. Qual, então, o segredo dessa força? Teremos que a ocultar, receando que, uma vez conhecida e a exemplo de Sansão, seus inimigos aproveitem para derrubá-lo? De modo algum. No Espiritismo não há mistérios; tudo se faz às claras; podemos revelá-lo sem temor, altivamente. Embora já o tenha dito, talvez não seja fora de propósito repeti-lo aqui, a fim de que se saiba que se entregamos aos adver¬sários o segredo de nossas forças é porque também lhes conhecemos o lado fraco.
A força do Espiritismo tem duas causas prepon¬derantes: a primeira é tornar felizes os que o conhecem, o compreendem e o praticam. Ora, como há pessoas infelizes, ele recruta um exército inumerável entre os que sofrem. Querem lhe tirar esse elemento de propa¬gação? Que tornem os homens de tal modo felizes, moral e materialmente, que nada mais tenham a desejar, nem neste, nem no outro mundo. Não pedimos mais, desde que o objetivo seja atingido. A segunda é que o Espiritismo não se assenta na cabeça de nenhum ho¬mem, sujeitando-se, assim, a ser derrubado; não tem um foco único, que possa ser extinto; seu foco está em toda parte, porque em toda parte há médiuns que po¬dem comunicar-se com os Espíritos; não há família que não os possua em seu seio e que não realizem estas pala¬vras do Cristo: Vossos filhos e filhas profetizarão, e terão visões; porque, enfim, o Espiritismo é uma idéia e não há barreiras impenetráveis à idéia, nem bastante altas que estas não possam transpor. Mataram o Cristo, mataram Seus apóstolos e discípulos. Mas o Cristo tinha lançado no mundo a idéia cristã, e esta idéia triunfou da perseguição dos Césares onipotentes. Por que, então, o Espiritismo, que não é senão o desenvolvimento e a aplicação da idéia cristã, não triunfaria de alguns zombeteiros e de antagonistas que, até o presente, a despeito de seus esforços, só lhe puderam opor uma negação estéril? Haveria nisto uma pretensão quimérica? Um sonho de reformador? Aí estão os fatos para res¬ponder: o Espiritismo penetra em toda parte, a despei¬to de tudo e contra tudo; como o pólen fecundante das flores, é levado pelos ventos e finca raízes nos quatro cantos do mundo, porque em todo lugar encontra uma terra fecunda em sofrimentos, sobre a qual derrama o bálsamo consolador. Suponde, então, o estado mais absoluto que a imaginação possa sonhar, recrutando toda a gente de seus esbirros para deter a idéia ao pas¬sar: poderão impedir que os Espíritos entrem nela e se manifestem espontaneamente? Impedirão que os mé¬diuns se formem na intimidade das famílias? Suponha¬mo-la bastante forte para impedir de escrever, para proibir a leitura dos livros; poderão impedir de ouvir, desde que há médiuns auditivos? Impedirão o pai de receber consolações do filho que está no Mundo Maior? Vedes, pois, que é impossível, e que eu tinha razão em dizer que o Espiritismo pode, sem receio, entregar aos inimigos o segredo de suas forças.

1- KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 83.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2002, conclusão: Tomo VI, § 1 e 2 e Viagem espírita em 1862. Rio de Janeiro:FEB, 2005, p.p. 208-211.


http://www.oclarim.com.br

segunda-feira, agosto 4

Quando o luxo vem sem etiqueta...

O cara desce na estação do metrô de NY vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal. O vídeo da apresentação no metrô está no You Tube: Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes, ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares. Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. A conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando estão num contexto. Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife.

sábado, agosto 2

FÉ E INTUIÇÃO

O ego faz-te acreditar em coisas. E tu pensas que acreditas. E sempre que se fala em fé, em caminho espiritual, em elevação, tu reportas-te imediatamente a essas coisas nas quais tu acreditas. E na tua cabeça surge a seguinte mensagem: "Tudo está no seu lugar. Eu acredito numas coisas, por isso tenho fé e, consequentemente, estou a evoluir."

Nada mais falso. Depende no que é que tu acreditas. Depende de quem é que te fez acreditar, porquê e para quê tu acreditas.

Se acreditas em algo como definitivo, não o pões nunca em causa, nunca duvidas; então essa crença é manifestamente uma crença colocada na tua mente pelo teu ego. Ele é que não quer que nada mude. Ele é que não gosta absolutamente nada do desconhecido. Se pusesses essa tua crença em dúvida, terias de repensá-la, e o ego tem muito medo de te deixar pensar, porque pode perder o controlo da tua cabeça.

Perceberás que só podes manter aquilo em que a tua mente acredita se verificares a autenticidade dessa crença. Como? Intuindo. Verificando se a mais profunda sensação intuitiva da tua essência, aquela que não se diz a ninguém e que só a nós pertence, aceita e assume essa ideia em que dizes acreditar

Sinceramente, a tua intuição aceita? Se sim, é realmente uma fé, uma crença verdadeira. Se a tua intuição mais profunda puder conferir e aceitar uma ideia, então estamos a falar de Fé. Mas se, no fundo do teu peito, houver uma dúvida, um peso, um temor, apenas algo que não seja leve e livre, então cuidado, porque é uma crença falsa, alimentada pelo ego, através da educação e da sociedade.

A Alma Iluminada,
Alexandra Solnado