domingo, fevereiro 24

Publicação do texto sobre o meu pai, escrito pelo seu irmão Vitor no Jornal Savana

Queridos tios, primos e manos

É com enorme alegria que vos confirmo a publicação do texto do tio Toel, sobre o nosso pai, irmão e tio, no jornal moçambicano Savana.Sei que foi publicado em página inteira com uma foto do nosso pai no meio dos seus quarenta anos, em companhia do Rui Knopfli fumando charuto.

Tão logo que receba uns exemplares vos enviarei.

Embaixo uma cópia do meu mail de agradecimento ao Fernando Lima, diretor do Jornal Savana.

beijos e abraços

Tó Maria

Caro Fernando Lima

Muito obrigado pela atenção dispensada a um dos desconhecidos ícones do jornalismo moçambicano em tempos coloniais.

Reviver o meu pai através de um jornal que simboliza a luta de um jornalismo independente, sério, dedicado à verdade (neutro e anti dependência-partidária), foi sem dúvida uma ótima plataforma dentro do jornalismo actual moçambicano, que se poderia ter encontrado.

Mesmo sendo eu suspeito, (como filho do homenageado), para fazer tal afirmação;

Tenho a certeza que essa etapa passada da intelectualidade moçambicana, um dia ainda conquistará o devido lugar na História da Imprensa e Literatura Moçambicana.

Terem escolhido uma foto dele com Rui Knopfli foi o ponto em cima do "i" que resume e lembra exatamente esse movimento de vanguarda que este país teve no passado.

Onde outras pessoas de valor como o "Nosso Poeta" José Craveirinha, Adrião Rodrigues, Ricardo Rangel e muitos outros que encheriam o Savana de muitas páginas históricas.

Eles representaram na História da Literatura Nacional, o tipo de carácter humano, que mesmo quando estampados por várias direções políticas, respeitados ou rejeitados, jamais se vergam ou se vendam a interesses momentâneos e mesquinhos.

São os que sempre tiveram ou têm, poucos admiradores capazes de perceberam e reconheceram a sua capacidade visionária de antever com tanta claridade, o que História posterior e atual, acaba lhes dando razão.

Os intelectuais na luta utópica de suas crenças, são sempre manipulados enquanto necessários, e engolidos pelo poder das armas regentes, que quando incomodados os acabam descartando.

Passando eles injustamente a ser parte do Obscurantismo executado e manejado pelo nepotismo de poderes corruptos e inimigos da idoneidade política, mantendo-se como expressão de um movimento literário que só tinha um compromisso;

O respeito á diferença de pensamento, à Verdade na imprensa e à Idoneidade de Caráter.

Medindo e analisando governos e pessoas não pelos seus cartões de visitas, suas aparências de "Santos de Pau Oco", e sim pelos seus verdadeiros actos em vida.

Os meus fortes desejos de que o SAVANA continue levando em frente essa Tocha da Liberdade de Imprensa, já carregada por muitas Pessoas

- Exemplo que jamais deverão cair nas masmorras do esquecimento nacional, como o grande jornalista Cardoso.

Um abraço solidário à vossa incansável luta, por um Moçambique verdadeiramente Livre, Humano e socialmente menos Hipócrita.

Antônio Maria G.Lemos

Resultado das visitas ao Pensamentos e Espiritualidade

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A todos os que visitaram-me, visitam e visitarão este blog , um muito obrigada!

Esta semana irei para o Rio de Janeiro em uma missão, por isso talvez esteja por uns tempos longe do blog. Mas sempre que puder virei aqui postar algo de interessante.

Um abraço com muito carinho a todos vocês,

Madalena Gouvêa Lemos

sábado, fevereiro 23

OS ESPELHOS








OS ESPELHOS
Tal como num espelho, metade da humanidade revê-se na outra metade.
E pior: não gosta do que vê e tenta mudá-la.
A realidade é que, como está a ver-se ao espelho, do não gosta é dela própria e o que tenta mudar é ela própria. Mas, como não sabe que é um espelho, não muda (porque pensa que é o outro quem tem de mudar) e continua a ver-se projectada no espelho sem mudar.
Começa a perder a paciência e declara guerra à sua imagem projectada no espelho.

Atira para matar, parte o espelho e deixa de se ver. Acha que matou o inimigo quando, ao atirar ao espelho, deixou de se ver.
Assim, acha-se vencedora da guerra dos egos, por ter morto a outra metade da humanidade.

A outra metade da humanidade não percebeu nada desta história porque estava voltada para o outro lado a atirar contra a sua própria imagem no outro espelho.
Resumindo: os seres humanos só vêm nos outros o que não gostam em si próprios e ainda acham que o outro é que tem o defeito.
O Homem tem de começar a olhar para si, deixar de fazer projecções neste espelho tão maléfico.

Ao deixar de projectar, olha para si próprio e finalmente consegue ver algo para realmente corrigir e trabalhar.
Este Jesus Cristo Que Vos Fala, Livro 2Alexandra Solnado

"Desejo & Reparação" é convite para ler mais Ian McEwan




"Desejo & Reparação" é convite para ler mais Ian McEwan
PATRICIA DE CIA
Colaboração para o UOL
Ele é um dos maiores nomes da literatura britânica e sua obra vem sendo lançada no Brasil há mais de uma década.
Ainda assim, um novo público de leitores veio conhecer Ian McEwan graças à bem-sucedida adaptação cinematográfica "Desejo e Reparação".O filme, com Keira Knightley, James McAvoy e Vanessa Redgrave, ganhou o Globo de Ouro, recebeu 14 indicações e dois prêmios Bafta e concorre, no próximo domingo, 24, a sete Oscar.

Capa da edição brasileira de "Reparação", romance de Ian McEwan que virou filme

AUTOR NÃO QUER SER CELEBRIDADE
TRAILER DE "DESEJO & REPARAÇÃO"
MAIS SOBRE O OSCAR 2008
Autor de dez romances, vários já transpostos para o cinema (nenhum com tamanho sucesso), McEwan estreou com duas coletâneas de contos, em 1976 e 1978. A edição brasileira uniu ambas em "Primeiro Amor, Último Sacramento & Entre Lençóis".
Nessas histórias predominam personagens adolescentes e os ingredientes que renderiam a ele o apelido de Ian Macabro: sexo, violência e morte, sem meias palavras.Embora o tom sinistro tenha esmaecido com o passar dos anos, os temas dos contos ― perda da inocência, sexualidade e perversão, crime e culpa ― podem ser estendidos a quase toda a obra do autor, que certamente vale a pena conhecer.

Cidade Negra - Girassol - acustico

Cidade Negra - Podes Crer

sexta-feira, fevereiro 22

Chico César - "De uns tempos pra cá"



Chico César e Maria Bethania


Victor Hugo


Está pois a pena de morte abolida nesse nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. (...)
Felicito a vossa nação. Portugal dá o exemplo à Europa. Desfrutai de antemão essa imensa glória.
A Europa imitará Portugal.
Morte à morte!
Guerra à guerra!
Viva a vida!
Ódio ao ódio.
A liberdade é uma cidade imensa da qual todos somos concidadãos

Victor Hugo,
1876, a propósito da abolição da pena de morte em Portugal (o primeiro país europeu a fazê-lo).

Pensamento político de Victor Hugo


Caricatura de Victor Hugo no ponto máximo de sua carreira política, por Honoré Daumier, (1849)
A partir de
1849, Victor Hugo dedica um quarto da sua obra à política, um quarto à religião e outro à Filosofia humana e social.
Se o pensamento de Victor Hugo pode parecer complexo e às vezes contraditório, não se pode dizer que seja monoteísta.
Reformista, deseja mudar a sociedade mas não mudar de sociedade. Se ele justifica o enriquecimento, denuncia violentamente a desigualdade social.
É contra os ricos que capitalizam os seus lucros sem reinjetá-los na produção.
A elite burguesa jamais o perdoará por isso.
Ele também se opõe à
violência quando ela se aplica contra um poder democrático, mas a justifica (conforme à Declaração dos direitos do homem) contra um poder ilegítimo. É assim que, em 1851, lança um chamado à luta - "carregar seu fuzil e ficar preparado" - que não é seguido. Mantém esta posição até 1870, quando começa a Guerra Franco-Prussiana; Hugo a condena: "guerra de capricho" e não de liberdade.
Em seguida, o império é deposto e a guerra continua, desta vez contra a república; o argumento de Hugo em favor da fraternização resta, ainda, sem resposta.



É assim que, em 17 de Setembro, publica uma chamada ao levantamento de massa e à resistência. Os republicanos moderados ficam horrorizados: preferem Bismarck aos "socialistas"!

A população de Paris, no entanto, se mobiliza e lê avidamente Les Châtiments. (Ver Comuna de Paris).

Escultura de Victor Hugo, por Rodin.
Coerente, Hugo não podia ser comunista: "O significado da Comuna é imenso, ela poderia fazer grandes coisas, mas na verdade faz somente pequenas coisas. E pequenas coisas que são odiosas, é lamentável. Compreendam-me: sou um homem de revolução.

Aceito, assim, as grandes necessidades, mas somente sob uma condição: que sejam a confirmação dos princípios e não o seu desrespeito.

Todo o meu pensamento oscila entre dois pólos: civilização-revolução ".

" A construção de uma sociedade igualitária só será possível se for conseqüência de uma recomposição da sociedade liberal."
No entanto, diante da repressão que se abate sobre os comunistas, o poeta declara seu desgosto: "Alguns bandidos mataram 64 reféns. Replica-se matando 6000 prisioneiros!".
Denunciando até o fim a segregação social, Hugo declara durante a última reunião pública que preside:

"A questão social perdura. Ela é terrível, mas é simples: é a questão dos que têm e dos que não têm!".

Tratava-se precisamente de recolher fundos para permitir a 126 delegados operários a viagem ao primeiro Congresso socialista da França, em Marselha.



Biografia de Victor Hugo


Filho de Joseph Hugo e de Sophie Trébuchet, nasceu em Besançon, no Doubs, mas passou a infância em París. Estadias em Nápoles e na Espanha acabaram por influenciar profundamente sua obra. Funda com os seus irmãos em 1819 uma revista, o Conservateur littéraire (Conservador literário), que já chama a atenção para o seu talento. No mesmo ano, ganha o concurso da Académie des Jeux Floraux.
O seu primeiro recolhimento de
poemas, Odes, é publicado em 1822: tem então vinte anos.
Com
Cromwell, publicado em 1827, alcança o sucesso. No prefácio deste drama em versos, que não foi encenado enquanto esteve vivo, opõe-se às convenções clássicas, em especial à unidade de tempo e à unidade de lugar.

A atriz Juliette Drouet, amante de Victor Hugo
Tem, até uma idade avançada, diversas amantes, sendo a mais famosa Juliette Drouet, atriz sem talento que lhe dedica a sua vida, e a quem ele escreve numerosos poemas. Ambos passavam juntos o aniversário do seu encontro e preenchiam, nesta ocasião, ano após ano, um caderno comum que nomeavam o Livro do aniversário.
Criado por sua mãe no espírito da
monarquia, acaba por se convencer, pouco a pouco, do interesse da democracia ("Cresci", escreve num poema onde se justifica). A sua idéia é que "onde o conhecimento está apenas num homem, a monarquia se impõe." "Onde está num grupo de homens, deve fazer lugar à aristocracia. E quando todos têm acesso às luzes do saber, então vem o tempo da democracia".
Tendo se tornado favorável a uma democracia liberal e humanitária, é eleito deputado da Segunda República em
1848, e apóia a candidatura do "príncipe Louis-Napoléon".

Exílio em Jersey (1853-55)
Exila-se após o
golpe de Estado de 2 de Dezembro de 1851, que condena vigorosamente por razões morais em "Histoire d'un crime".
Durante o Segundo Império, em oposição a
Napoléon III, vive em exílio em Jersey, Guernsey e Bruxelas. É um dos únicos proscritos a recusar a anistia decidida algum tempo depois: « Et s'il n'en reste qu'un, je serai celui-là » ("e se sobra apenas um, serei eu").
A morte da sua filha, Leopoldina, deixou-o a tal ponto desamparado que se deixa tentar, na sua lembrança, por experiências
espíritas relatadas numa obra diferente nomeada "Les tables tournantes de Jersey".

O enterro de Victor Hugo, em 1885.
De acordo com seu último desejo, seu corpo é depositado em um caixão humilde que é enterrado no
Panthéon.
Tendo ficado vários dias exposto sob o
Arco do Triunfo, estima-se que 1 milhão de pessoas vieram lhe prestar uma última homenagem.

Victor Hugo - A Face Desconhecida de Um Gênio






Victor Hugo - A Face Desconhecida de Um Gênio
No exílio da ilha de Jersey, Victor Hugo iniciou diálogo com o invisível. Depois dessa experiência, nunca mais foi o mesmo.

Criada a 1ª Associação de Imigrantes no Montijo

Publicado em 22-02-2008 Tema: Notícias

No passado dia 15.01.08 foi constituida formalmente a a “ASSIM” (Associação de Imigrantes de Montijo). A Associação tem como objectivo geral, defender e promover os direitos e os interesses dos imigrantes e seus descendentes, de modo a permitir a sua plena integração e inserção, na comunidade de acolhimento em que se inserem. Em 2007 iniciou-se o Projecto “TU KONTAS”, no âmbito do Programa Escolhas, sendo a Câmara Municipal de Montijo a Entidade Promotora com o qual o CLAII de Montijo também tem trabalhado em articulação. Um dos pilares deste Projecto é a Promoção de uma Cultura de Convivência e Diálogo Intercultural no sentido da criação de um Centro de Recursos Multicultural e de uma Associação de Imigrantes no Concelho de Montijo. O Projecto “Tu Kontas” dinamizou um grupo de cidadãos/ãs imigrantes do Concelho que desde o primeiro momento se mobilizaram com o objectivo de constituir uma Associação de Imigrantes, até então inexistente no Concelho.É de salientar o esforço e o envolvimento da Autarquia, em conjunto com este grupo na organização conjunta de várias actividades tendo em vista a angariação de fundos para a constituição da referida Associação promovendo simultaneamente a convivência intercultural, bem como uma melhor integração desta população na comunidade do Concelho.O esforço até agora promovido permitiu criar de facto a primeira Associação Intercultural de Imigrantes no Município de Montijo, a “ASSIM” (Associação de Imigrantes de Montijo), constituída formalmente no passado dia 15.01.08.Para a prossecução dos seus objectivos a ASSIM pretende promover e dinamizar projectos e iniciativas para uma plena integração dos imigrantes e dos seus descendentes, bem como realizar acções de formação com vista a uma maior partilha de informação aos seus associados, colaborar em acções de esclarecimento ou outras de carácter público, tais como, seminários e encontros sobre a temática da imigração ou outra que vá de encontro aos seus objectivos, bem como fomentar, colaborar e intervir em outras actividades e acções compatíveis com os seus objectivos.A Assim irá desenvolver numa primeira fase, as suas actividades num espaço do Projecto “Tu Kontas” que se situa no Centro Cívico do Esteval (Loja Azul), Rua Professor Rui Luís Gomes

– Bairro do Esteval – Montijo

– Telefone e Fax - 21 232 78 58.

Presidente da Direcção: Virgínia Maria Sobral de Sousa e Andrade

Abertura oficial do Ano Europeu do Diálogo Intercultural

Publicado em 18-02-2008 Tema: Notícias

Dia 27 de Fevereiro de 2008 é a data da abertura oficial do Ano Europeu do Diálogo Intercultural em Portugal. A abertura decorrerá no Museu de Etnologia pelas 18h na presença do Ministro da Presidência e do Ministro da Cultura.
Desde 1983 que a União Europeia procura, todos os anos, sensibilizar e chamar a atenção dos cidadãos europeus e dos governos nacionais para um tema de acção. 2008 foi escolhido, pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da UE, como Ano Europeu do Diálogo Intercultural (AEDI).
O Ano do Diálogo Intercultural é um convite feito a todos a fim de participarem activamente nos eventos propostos pelo país e pela Europa, a fim de nos consciencializarmos, racional e emocionalmente, que o diálogo intercultural é uma forma de apaziguarmos os nossos receios face ao desconhecido e de tecermos redes para nos aproximarmos no respeito e na aceitação mútua.
Neste âmbito o lema escolhido para o Ano foi ‘Juntos na Diversidade’.
Programa do Evento:

- Sessão de Abertura

- Apresentação do Programa do Ano Europeu do Diálogo Intercultural

- Cocktail

- Animação Musical

quarta-feira, fevereiro 20

FrankeHank, Part 1




A História de Evil


Xanana garante que não deixará derrotar o Estado

O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, garantiu numa mensagem ao país que tudo fará para evitar a queda das instituições do Estado e que não tem medo de deixar o Governo.Numa mensagem gravada para a televisão timorense, divulgada apenas em tétum, Xanana Gusmão salienta que "o Estado corria o risco de cair" e que não permitiria que isso acontecesse."Enquanto vivo, não hei-de permitir. Seja um grupo armado ou um grupo político, eu estou aqui", afirmou. Xanana Gusmão referiu também que prosseguem as operações para capturar os autores dos ataques do passado dia 11 de Fevereiro, tendo até agora sido detidos quatro suspeitos.Numa altura em que os boatos correm céleres, seja no sentido de acusarem Xanana de conivência nos ataques a Ramos-Horta, ou sobre a captura de Gastão Sasinha, Timor recebeu o apoio do Parlamento Europeu e da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.No terreno estão, entre investigadores de várias origens, elementos do FBI que procuram saber o que se passou, sobretudo porque sucedem-se as informações contraditórias sobre a participação do grupo de Alfredo Reinado.Entretanto, o ex-ministro dos Recursos Naturais e deputado da Fretilin, José Teixeira, disse que agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) o levaram da sua residência para o quartel-general da Polícia "sem nenhum mandado".

"Não tinham mandado nem conseguiram explicar, quando chegámos ao quartel-general, o que pretendiam de mim, para além de dizer que alguém precisava de me fazer umas perguntas porque eu era acusado de conspiração", explicou o ex-ministro.O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, afirmou que este episódio "é uma acção de perseguição e intimidação escudada no estado de sítio", decretado na sequência do duplo ataque contra o presidente da República, José Ramos-Horta, e o primeiro-ministro, Xanana Gusmão.Ontem, o ministro português da Administração Interna, Rui Pereira, afirmou que "há possibilidade" de reforçar o contingente da GNR em Timor-Leste "desde que essa seja a vontade política", acrescentando que "é prematuro estar a falar nesse cenário porque não existe nenhuma ponderação feita sobre o assunto".

Amanhã o Conselho de Segurança das Nações Unidas vai voltar a discutir uma proposta do secretário-geral, Ban Ki-moon, para a prorrogação do mandato da missão da ONU em Timor-Leste, UNMIT, por mais um ano.

jn.sapo.pt/2008/02/20/mundo/xanana_garante_nao_deixara_derrotar_.html

terça-feira, fevereiro 19

Convite à Solidariedade - Jantar pelas Crianças de Moçambique


Enviado: 19/2/2008 19:52
Caros amigos
Venho por este meio divulgar uma actividade a ser levada a cabo pelo grupo de voluntários do qual faz parte a minha filha Carla:
O Grupo Missão Mundo (G.M.M.), existente desde Fevereiro de 2007, consiste num grupo de leigos voluntários da Congregação das Irmãs Concepcionistas ao Serviço dos Pobres, cuja missão visa o desenvolvimento das comunidades locais, promovendo a saúde, a educação e a formação dos mais carenciados.
Neste momento, o G.M.M. prepara-se para dinamizar a iniciativa “Mesa de S. Nicolau” com o objectivo de alimentar, diariamente, cerca de 300 crianças e de promover a formação dos monitores locais, assim como a restauração das instalações de uma escola, criando condições que potenciem o sucesso escolar das crianças e a concretização dos seus sonhos.
A iniciativa terá lugar na Missão de Manjacaze e na Escola de Mussengue (Província de Gaza), em Moçambique e para o seu desenvolvimento estima-se um investimento na ordem 15.000 euros, até ao final de 2008.
O GMM desenvolve diversas actividades de angariação de verbas, entre as quais, a realização do Jantar “Esperança” no próximo dia 29 de Março, às 20h, nas instalações da Igreja de S. Jorge de Arroios, em Lisboa, para o qual temos o prazer de os convidar e a participar com uma contribuição mínima de 25 euros.
O jantar inclui um prato português e um moçambicano - Carne de porco à portuguesa e Chinguinha, bebidas e sobremesa - e será acompanhado de música moçambicana e da oferta de uma t-shirt do G.M.M..
Relembramos que a angariação de verbas está enquadrada no Estatuto do Mecenato (Decreto-Lei n.º 74/99 de 16 de Março), através do qual, qualquer empresa ou particular poderá ter benefícios fiscais ao oferecer donativos em dinheiro ou em espécie, bastando para isso, solicitar um recibo no valor do donativo.
Gostaríamos muito de o ter connosco neste momento de “solidariedade” pelas crianças de Moçambique, agradecendo desde já que confirme a sua presença até ao dia 26 de Março, através dos n.ºs 932488081 e 218477907 (irmã Tassy) ou através do mail
tassycsp@hotmail.com.
Até lá…bem haja
A Representante do Grupo Missão Mundo
Carla Rebelo dos Santos

Escuridão mundial

Escuridão mundial:
No dia 29 de Fevereiro de 2008 das 19:55 às 20:00 horas propõe-se apagar todas as luzes e se possível todos os aparelhos eléctricos, para o nosso planeta poder 'respirar'.
Se a resposta for massiva, a poupança energética pode ser brutal.
Só 5 minutos, para ver o que acontece.
Sim, estaremos 5 minutos às escuras, podemos acender uma vela e simplesmenteficar a olhar para ela, estaremos a respirar nós e o planeta.
Lembrem-se que a união faz a força e a Internet pode ter muito poder e podemosmesmo fazer algo em grande.
Passa a notícia, se tiveres amigos a viver noutros países envia-lhes e pede-lhesque façam a tradução e adaptem as horas.

UHF

Menina estás à Janela

Matas-me com o teu olhar

segunda-feira, fevereiro 18

O pintor iraquiano Iman Maleki, genio do realismo


Lo que las guerras, bombas, censuras....no nos dejan ver: IMPRESIONANTE.
El pintor iraní Iman Maleki, genio del realismo, galardonado con el premio William Bouguereau y el premio "Chairman's Choise" en la II Competición Internacional de Art Renewal Center.
Algunos le consideran el mejor pintor de arte realista del mundo. "Sus dibujos compiten con las cámaras digitales de 10 Megapixeles", aseguran.

ENTREVISTA: MOACYR SCLIAR

S.T - Como você vê o avanço da extrema - direita na Europa? Existe muito anti-semitismo no Rio Grande do Sul?M.S - Com grande preocupação, no mundo inteiro e em Israel. É o renascimento de antigas intolerâncias. Nós pensamos que estamos num mundo globalizado, que as pessoas agora vão conviver melhor. Mas isto está se revelando um equívoco. Quando a gente menos espera, velhas xenofobias ressurgem com conseqüências trágicas. No RS, não tem um anti-semitismo escancarado. Esse foi um estado que teve um movimento nazista nos anos 30 e 40 relativamente forte. E tem um movimento neo-nazista nos anos 80 e 90 débil. É uma coisa mais ridícula do que ameaçadora. Isso não significa que a gente deva minimizar. Porque esses neo-nazistas e racistas que estão ganhando eleições na Europa, há uns anos atrás eram meia dúzia e hoje conseguem adeptos. Isso sempre acontece quando existe uma crise social, representada na Europa pelo afluxo de imigrantes e pela violência social. São facetas do preconceito que ressurgem. Há uma comunidade árabe no RS, sobretudo nas cidades da fronteira. É uma comunidade que está crescendo, e que pode se tornar maior que a comunidade judaica. É engraçado porque eles repetem a trajetória judaica, trabalham em comércio. Eles são solidários aos palestinos, mas existem várias correntes, desde os extremistas até os que querem um diálogo. Agora, ser contra o estado de Israel não significa ser anti-semita..

Danielle Sommer e Victor Brami

Parte da entrevista a Moacyr Scliar

“O sofrimento da culpa não dá trégua” Por Maíra Termero





Entrevista
“O sofrimento da culpa não dá trégua” Por Maíra Termero
Aos 70 anos, o gaúcho
Moacyr Scliar tem mais de 70 livros publicados. Neste mês, ele lança "Enigmas da Culpa" (Objetiva), um ensaio bem pessoal sobre "um dedo que aponta", na definição do autor. Médico e escritor, Scliar cresceu no bairro do Bom Fim, em Porto Alegre, onde vivia com outras famílias de imigrantes judeus. "É um grupo no qual a culpa é endêmica", diz. "Sentíamo-nos culpados pela situação dos judeus, dos brasileiros pobres, da miséria do mundo." Por e-mail, ele falou à CRIATIVA (edição 221 – set/2007).
Via:
Estudos Judaicos

Moacyr Scliar (Perfil)

Sábado, 16 de Fevereiro de 2008

Moacyr Scliar (Perfil)
"Escrevo pelo prazer de criar situações e personagens (nesta ordem, infelizmente)." Moacyr Scliar
Moacyr Scliar nasceu em Porto Alegre, em 1937. É formado em medicina, profissão que exerce até hoje. Autor de uma vasta obra que abrange conto, romance, literatura juvenil, crônica e ensaio, recebeu numerosos prêmios, como o Jabuti (1988 e 1993), o APCA (1989) e o Casa de las Americas (1989). Já teve textos traduzidos para doze idiomas. Várias de suas obras foram adaptadas para o cinema, a televisão e o teatro.
É colaborador da
Folha de S.Paulo desde a década de 70 e assina atualmente uma coluna no caderno Cotidiano.
Moacyr Scliar é hoje um dos escritores mais representativos da literatura brasileira contemporânea. Os temas dominantes de sua obra são a realidade social da classe média urbana no Brasil e o judaísmo. As descrições da classe média feitas por Scliar são, frequentemente, inventadas a partir de um ângulo supra-real.
LEITURAS CRÍTICAS
"A complexidade do mundo evocado por Scliar está na técnica narrativa: fragmentada, contrapontística (entrecortada de vozes); planos entrecruzados, num vaivém de personagens e situações. Diversos episódios não raro contêm elementos encontráveis nos contos folclóricos, tais como o intuito moralizador e didático, a visão maniqueísta, o sentimentalismo chauvinista, os ritos simbólicos que envolvem a ética judaica do sofrimento e a expectativa da redenção. [...] Ouvir e contar histórias, como Scliar nos afirma, fez sempre parte do cotidiano de sua biografia como também de suas personagens, da história do seu mundo e da trajetória regionalista de seu Estado. Mas não é apenas o ofício de narrar que o interessa, o caso contado, a coisa extraordinária narrada, mas o que está por detrás - o lado oculto do caso: o precioso patrimônio das tradições de um passado que se presentifica na sua diversidade, na sua ambigüidade. Isto é, todo o arsenal de experiência (de vida vivida) que a história narrada transmite, explorando o mais possível, a fantasia que vai sendo semeada de geração em geração." (Szklo, Gilda Salem. O bom fim do shtetl: Moacyr Scliar. São Paulo: Perspectiva, 1990. p.156).
"A ficção de Moacyr Scliar enquadra-se num registro literário ainda carente de estudos específicos: a literatura ligada à imigração. Dela fazem parte, entre outros, os textos macarrônicos de Juó Bananere; os contos de Antônio de Alcântara Machado que tratam da imigração italiana em São Paulo; mais recentemente, O Relato de um certo Oriente e Dois Irmãos, de Milton Hatoum; os romances que referem à imigração alemã no sul do país, de Lya Luft, sendo que cada um, a seu modo, representa a realidade brasileira vista de fora, com olhos ‘estrangeiros’." (Waldman, Berta. A cabala no Amazonas. In: ______. Entre passos e rastros: a presença judaica na literatura brasileira contemporânea. São Paulo: Perspectiva).
FONTES DE PESQUISA
SILVERMAN, Malcolm. A ironia na obra de Moacyr Scliar. In: ______. Moderna ficção brasileira. Tradução de João Guilherme Linke. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira: INL, 1978. p. 170-189.
SZKLO, Gilda Salem. O bom fim do shtetl: Moacyr Scliar. São Paulo: Perspectiva, 1990. (Debates, 231).
ZILBERMAN, Regina Levin. A ficção de Moacyr Scliar. Suplemento Literário, Belo Horizonte, 27 mar. 1982. p. 8., c. 1-4.
Veja
Entrevista com Moacyr Scliar, em junho de 2002.
http://estudosjudaicos.blogspot.com/2008/02/o-sofrimento-da-culpa-no-d-trgua-moacyr.html

sábado, fevereiro 16

Provérbios Chineses

É mais fácil desviar um rio
do que um carácter.
********
As portas da caridade são
difíceis de abrir e custosas
de fechar.
Rosa Sha
arteplural
edições

LIMPEZA ESPIRITUAL IV

LIMPEZA ESPIRITUAL IV
Como eu já te expliquei várias vezes, as experiências na matéria terão que ser vivenciadas, mas o que realmente conta cá em cima não é o que se vive e sim como é que se vive.
Se uma pessoa passa por uma experiência de doença por exemplo, com o coração aberto, ela vai passar pelo que tiver de passar, com o mínimo de resistência possível, chorando tudo o que houver para chorar, mas não fingindo nem se vitimizando. Não foi Deus quem lhe enviou esta doença, ela não é a única a tê-la, e não é a força da inveja dos outros quem a provocou. Apenas está na hora de passar por ela, para se fragilizar, para se pôr em causa a si e às suas escolhas, mas também para se conhecer melhor e encontrar dentro de si força para superá-la.
Se a pessoa chora tudo, aceita a sua condição, estará pronta para nova caminhada. Ela tem que aceitar, fundamentalmente a dor de ter atraído essa doença. Tem que aceitar a dor, não precisa aceitar a doença.
Tem que aceitar que a doença aconteceu, mas não precisa aceitar que vá ficar. Ao não aceitar que vá continuar, irá lutar até ao fim para eliminá-la.
Mas a dor, a dor da doença ter acontecido, essa tem que ser processada e expulsa. Só expulsas a dor no dia em que a vivencias até ao limite.
Se estás triste agora, vivencia ao máximo essa tristeza, vivencia ao máximo, porque ela vai acabar. Como tudo na vida, acaba.
Neste caso a tristeza, se for bem vivida, irá transformar-se no seu oposto. Momentos inesquecíveis de felicidade.
Se ela não for vivida, essa negação irá criar uma fraqueza energética. E, a partir daí, toda a densidade energética poderá entrar a partir do exterior, ou despertar, a partir do interior, tornando-te numa pessoa sem energia, triste, pesada, a necessitar urgentemente de uma Limpeza Espiritual.
A Minha Limpeza Espiritual,Alexandra Solnado

quinta-feira, fevereiro 14

Amor


Amor não é só parir , alimentar, educar, civilizar!
Amor é tudo, feito massa de pastel, com a farinha bem misturada com água pura, para não haver grumos.
Amor pode ser ácido, até doloroso,
Amor é ser verdadeiro para si e para quem ama.
Amor não tem maldade, muito menos crueldade.
Amor não é só ser bonzinho,
É ser verdadeiro, companheiro.
O amor mais profundo, não precisa de o ser maternal.
Amor maternal ,já o é desde que nasce.
Mas amor, é fiel até nas palavras e atitudes, duras.
Não é receber apenas um flor,
Mas sim confiar.
Amor é doce, mas amarga também.
Tem o amor pelo animal de estimação, pelo computador, pelas crianças que sofrem em tantas partes do Mundo, sem precisar de os ver, só é preciso saber!
Amor é realidade, não uma fantasia de uma paixão.
Eu sei que amo a mim mesma, consigo amar o próximo.
Porque sem amor connosco próprios, não o demosá para o outro.
Isso sim é cruel.
Amor é tudo bem misturado, para que dure uma vida inteira.

Isto é Amor

Madalena Gouvêa Lemos



Nota: Para outros significados de Amor, ver Amor (desambiguação).
A palavra amor (do
latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc.

O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.
Fala-se do amor das mais diversas formas: amor físico, amor platônico, amor materno, amor a
Deus, amor à vida.

É o tipo de amor que tem relação com o caráter da própria pessoa e a motiva a amar (no sentido de querer bem e agir em prol).
As muitas dificuldades que essa diversidade de termos oferece, em conjunto à suposta unidade de significado, ocorrem não só nos idiomas modernos, mas também no
grego e no latim.

O grego possui outras palavras para amor, cada qual denotando um sentido específico. No latim encontramos amor, dilectio, charitas, bem como Eros, quando se refere ao amor personificado numa deidade.
Amar também tem o sentido de gostar muito, sendo assim possível amar qualquer
ser vivo ou objeto.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Amor

Minha Mãe

A minha Mãe nos seus tempos de juventude, na herdade de S. Martinho D'Anta, dos meus avós.
Uma verdadeira Senhora Guerreira, de quem tenho o maior orgulho de ser sua filha.

Quem sabe do amor? Saramar


Quem sabe o amor seja um rio
e suas pontes
levando,
de um lado
para o outro lado,
a solidão, o vazio
de quem se cansou
de só ser?

Quem sabe o amor seja uma queixa

e sua fonte

derramando dos olhos

o que antes fora

a certezade para sempre ser?

Quem sabe do amor,quem sabe?

Salão de Paris convida editores brasileiros a exporem seus títulos

CInforma - 07/02/2008

Numa iniciativa da Fundação Biblioteca Nacional, com os apoios da Câmara Brasileira do Livro e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros, o Brasil terá representação na edição deste ano do Salão Internacional do Livro de Paris. Marcado para acontecer entre os dias 14 e 19 de março, o evento abre espaço para a divulgação de nossos livros em um encontro entre o público e os principais editores franceses.

Sendo assim, as editoras interessadas devem mandar, até o dia 15 de fevereiro, obras de literatura brasileira, dicionários de língua portuguesa e literatura, catálogos e ensaios para a Fundação Biblioteca Nacional, que irá custear o transporte dos livros do Rio de Janeiro para Paris.

Devem ser encaminhados três exemplares de cada título, ou catálogo, e até 10 títulos por editora.
Os livros que serão levados para o Salão devem ser enviados como doação à Fundação Biblioteca Nacional.

Ao final do evento, as publicações serão doadas à Casa du Brésil em Paris, à Universidade Sorbone e à Embaixada do Brasil em Paris numa iniciativa que, além de beneficiar os brasileiros residentes na Europa, pretende abrir portas para o livro e autor nacionais.

O endereço para o envio dos livros é:
Fundação Biblioteca NacionalCoordenadoria Geral do Livro e da LeituraRua da Imprensa, 1611º andarPalácio de Capanema - Rio de Janeiro(RJ) - CEP:20030-120. Mais informações pelo telefone (21) 2220-1987 ou pelo e-mail
cgll@bn.br
Para obter mais informações sobre o Salão Internacional do Livro de Paris, visite o site http://www.salondulivreparis.com

quarta-feira, fevereiro 13

Ouço-te ,agora,
a voz, ó meu desejo,
e instintivamente recuo
até às origens de minha angústia,
policiada e vencida,
oh! afinal vencida
por tantos e tantos séculos
de resignaçáo e humildade.
Emilio Moura
(poeta modernista brasileiro.
" Poema Patético", m. 1902 )


O Nazismo não Existiu!?




Adolf Hitler era uma personagem simpática e carismática?



Os nazis eram um povo tolerante, que conviviam alegremente com comunistas, judeus, socialistas, democratas, homossexuais e pessoas de outras raças e credos?





O Holocausto é uma mentira?




Aliás indo mais longe, no Irão dos Ayatollahs, o nazismo e o Holocausto são puras invenções dos judeus...
63 anos depois pretende-se branquear a História e esquecer os horrores da II Guerra Mundial.
Passe o pleonasmo, o Tide lava mais branco e mergulhamos a pouco e pouco na amnésia
colectiva, no esquecimento... colectiva, no esquecimento... colectiva, no esquecimento... colectiva, no esquecimento...









E ao mergulhar no limbo esquecemos a Noite de Cristal, os «Pogroms», os Campos de Trabalho e de Extermínio, as câmaras de gás, as valas comuns, o bombardeamento de populações civis e indefesas, os genocídios levados a cabo pelo Eixo contra diversos povos, na II Guerra Mundial, em nome da pureza da raça!


Para cúmulo, a questão do Holocausto foi proibida este ano, no Carnaval do Rio de Janeiro!
De polémica em polémica, ao ponto que isto chegou, a intolerância levou a que livros, cartoons, filmes, espectáculos e outras manifestações artísticas fossem retiradas dos escaparates e de exibição, tudo em nome do Islão.
Parece que vivemos nos tempos da Santa Inquisição, em que todos aqueles que pensavam de maneira diferente acabavam na fogueira.
Para cúmulo veio o arcebispo da Igreja Anglicana de Inglaterra sugerir que parte da Sharia poderia ser adoptada em Inglaterra como modelo de vida!
Pasme-se!
Pena Bin Laden, Almadinejad, Adolf Hiler e Himmler não coexistirem no mesmo espaço tempo...
Texto – Mário Nunes





Exactamente, como foi previsto há cerca de 60 anos
É uma questão de História lembrar que, quando o Supremo Comandante das Forças aliadas, General Dwight D. Eisenhower encontrou as vítimas dos campos de concentração, ordenou que fosse feito o maior número possível de fotos, e fez com que os alemães das cidades vizinhas fossem guiados até aqueles campos e até mesmo enterrassem os mortos.E o motivo, ele assim explanou: " Que se tenha o máximo de documentação - façam filmes - gravem testemunhos - porque, em algum ponto ao longo da história, algum bastardo se erguerá e dirá que isto nunca aconteceu".
"Tudo o que é necessário para o triunfo do mal, é que os homens de bem nada façam". (Edmund Burke)

Relembrando:Esta semana, o Reino Unido removeu o Holocausto dos seus currículos escolares porque "ofendia" a população muçulmana, que afirma que o Holocausto nunca aconteceu...
Este é um presságio assustador sobre o medo que está atingindo o mundo, e o quão facilmente cada país está se deixando levar.
Estamos a mais de 60 anos do término da Segunda Guerra Mundial.Este email está sendo enviado como uma corrente, em memória dos 6 milhões de judeus, 20 milhões de russos, 10 milhões de cristãos, e 1900 padres católicos que foram assassinados, massacrados, violentados, queimados, mortos de fome e humilhados, enquanto Alemanha e Rússia olhavam em outras direcções.
Agora, mais do que nunca, com o Irão, entre outros, sustentando que o "Holocausto é um mito", torna-se imperativo fazer com que o mundo jamais esqueça.

http://pensamentoseespiritualidade.blogspot.com/
Para constar: «Em 1933, Hitler chega ao poder pela via eleitoral, sendo nomeado primeiro-ministro, com o apoio de nacionalistas, católicos e sectores independentes.



Com a morte do presidente Hindenburg (1934), Hitler torna-se chefe de governo (chanceler) e chefe de Estado (presidente). Interpreta o papel de führer, o guia do povo alemão, criando o 3º Reich (Terceiro Império).
Com poderes excepcionais, Hitler suprime todos os partidos políticos, excepto o Nazi; dissolve os sindicatos; cessa o direito de greve; fecha os jornais de oposição e estabelece a censura à imprensa; e, através das organizações paramilitares, SA (guarda do Exército), SS (guarda especial), e da Gestapo (polícia política), implanta o terror com a perseguição e eliminação dos judeus, dos sindicatos e dos políticos comunistas, socialistas e de outros partidos.
O intervencionismo e a planificação económica adoptados por Hitler eliminam, no entanto, o desemprego e provocam o rápido desenvolvimento industrial, estimulando a indústria bélica e a edificação de obras públicas, além de impedir a retirada do capital estrangeiro do país.
O crescimento vigoroso da economia alemã deve-se em grande parte à atitude dos grandes grupos do país, tais como Krupp, Siemens e Bayer, que apoiam Adolf Hitler.
Desrespeitando as cláusulas do Tratado de Versalhes, Hitler reinstitui o serviço militar obrigatório (1935), remilitariza o país e envia tanques e aviões para amparar as forças conservadoras do General Franco na Espanha, em 1936. Nesse mesmo ano, cria o Serviço para a Solução do Problema Judeu, sob a supervisão da SS, que se dedica à exterminação sistemática dos judeus por meio da deportação para guetos ou campos de concentração.

Anexa a Áustria (operação chamada, em alemão, de Anchluss) e a região dos Sudetas na Checoslováquia (1938). Ao invadir a Polónia, em 1939, deflagra o início da 2ª Guerra Mundial (1939-1945).»
Em:
http://modernacontemp.freewebpages.org/mod2guerramundialcrono.htm


Publicado por: http://voxm.blogspot.com/

terça-feira, fevereiro 12

MOÇOILAS ao vivo - 16 Fevereiro - Casa da Cultura de Loulé - 21:30







12 de Fevereiro de 2008


MOÇOILAS ao vivo - 16 Fevereiro - Casa da Cultura de Loulé - 21:30

No dia 16 de Fevereiro pelas 21:30h sobem ao palco da Casa da Cultura de Loulé, “As Moçoilas”.

Dando continuidade ao seu estilo característico, que pretende divulgar e pôr em prática a boa tradição das sonoridades da Serra do Caldeirão, a banda irá regressar à Casa da Cultura para apresentar o seu último trabalho “Q’é que tens a ver com isso”.


Esta mensagem é enviada sob a nova legislação sobre correio Electrónico, Secção 301, Parágrafo (a) (2) (c) Decreto S 1618, Título Terceiro aprovado pelo 105º Congresso Base das Normativas Internacionais sobre o SPAM.

domingo, fevereiro 10

Jethro Tull - Aqualung Live.flv

Jethro Tull - Thick As A Brick (Live)

Pink Floyd - Learning to Fly





Para Todo Final - Todo Início...

Para Todo Final - Todo Início...
Rangel Castilho · Anastácio (MS)

Para tantos caminhos, tantos passos,
Para tanto espaço, tanto conteúdo,
Para tanto tudo, tanto tacho
E para tanto acho, tanto uso.
Para tantas castas, tantas rotas,
Para tantas loucas, tantas sadias,
Para tantas vadias, tantas insossas
E para tanta coxa, tanta valia.
Para tantos sujeitos, tanto vagão,
Para tanta questão, tanta pergunta,
Para tanta luta, tantos varões
E para tantos senões, tantas desculpas.
Para tanto princípio, tanta moral,
Para tanto jogral, tanto vício,
Para tanto clarão, tanto sinal.
E para todo final, todo início.
Para tantos caminhos, poucos passos,
Para tanto espaço, pouco conteúdo,
Para tanto tudo, pouco tacho
E para tanto acho, pouco uso.

O ARQUÉTIPO DE PERDA










O arquétipo de perda ou karma de perda surge quando uma pessoa tem medo de perder.


O que é que ela faz?
Agarra-se, agarra-se a tudo.


Às pessoas, aos bens materiais, às coisas que o dinheiro pode comprar, etc.
Quanto mais se agarra, mais vai dando peso a um dos lados do sistema dos contrários.


Eu não devo julgar, não devo escolher um dos lados da matéria e rejeitar o seu oposto, porque se o fizer, esse oposto que eu rejeito e que me causa tanto medo irá ser-me enviado pelo céu para que eu também o experiencie.
Quando uma pessoa tem medo de perder e se agarra às coisas materiais, tudo fica desequilibrado, pois o oposto de ter algo é perder esse algo.


Assim o céu envia a experiência contrária à do ter.


A experiência contrária à do ter é a do perder.
E assim vem a perda.
Quero com isto dizer que as pessoas que trazem o arquétipo da perda atraem situações de perda.
Eu tenho medo da perda, atraio a perda!


O que vai, volta.







Este Jesus Cristo Que Vos Fala, Livro 3/ A Era da Liberdade,Alexandra Solnado

Dr Beat


Medo


Nosso maior medo
não é o de sermos incapazes;
nosso maior medo
é descobrir que somos
muito mais poderosos
do que pensamos
Paulo Coelho

sábado, fevereiro 9

Abaixo a presidência da ANIMAL em Lisboa

Por incrível que pareça, a presidência desta "organização" é de um arrogância total!
Meninos que se acham superiores dos que realmente levam a sério a causa que se dispuseram do seu tempo, para que os animais não sejam violentados e mortos.
Não será à toa que a ANIMAL não tenha ninguém a participar nas suas manifestações.
Hoje tenho vergonha de ter publicado no meu blog emails enviados pelos mesmos.
Logo escreverei o que hoje em frente à Casa Canadá, aconteceu.
Em vez de se preocuparem realmente pela causa que se fizeram constar,através da internet, estavam mais preocupados e amendontrados com a presença de dois policiais, chamados pelos funcionários da Casa Canadá.
A "Organização" não passa de uma Desorganização.
Lutam pelo estatuto de presidente e vice-presidente, do que realmente à causa que se propuseram agir.
Que futuro estes jovens desejam afinal!?
Nunca vi uma manifestação da ANIMAL aparecer num telejornal, nas nossas 4 estações de TV e, hoje entendo o porquê...
Abaixo a ANIMAL de Lisboa, para que os animais possam realmente sobreviver.

Madalena Gouveia Lemos


Em 08/02/08, Notícias & Apelos ANIMAL escreveu:
AMANHÃ (Sáb, 9 Fev), em Lisboa e no Porto : Dia de Acção Pelo Estabelecimento de um Código de Protecção dos Animais Moderno, Eficaz, Progressista e Justo em Portugal

PARTICIPE neste Dia de Acção Pelos Direitos dos Animais

(Atenção: a realização de todas estas acções está condicionada às condições climatéricas que se fizerem sentir no dia e local de cada acção – Se estiver a chover *muito*, as acções poderão não se realizar – Se quiser saber, perto da hora da acção em que pretende participar, se a mesma vai decorrer, por favor contacte-nos através do 96 132 08 18)


Em LISBOA: entre as 14h e as 18h, em frente à “Casa Canadá”, na Rua Augusta.

No PORTO: entre as 10h30m e as 13h, em frente à “Beigel”, na Rua de Santa Catarina.



Assinar a Petição Escrita “Por um Código de Protecção dos Animais Moderno, Eficaz, Progressista e Justo em Portugal” é um passo fundamental para tornar esta nova lei de protecção dos animais de Portugal uma realidade:

Venha assinar a petição numa destas acções ou decarregue-a, imprima-a, assine-a e promova-a junto dos seus amigos e conhecidos a partir de:
http://www.manifestoanimal.org/images/documentos/peticao_por_um_codigo_de_proteccao_dos_animais.pdf.


PARTICIPE:

· Pela aprovação e estabelecimento de um Código de Protecção dos Animais Moderno, Eficaz, Progressista e Justo em Portugal

· Pelo respeito pelos direitos fundamentais dos animais não-humanos e pela protecção destes



Acredita que o trabalho da ANIMAL é importante? Então, por favor, APOIE-O :: Faça o seu Donativo HOJE mesmo.


ManifestoANIMAL.org :: Pelo Fim dos Crimes Sem Castigo :: Animal.org.pt

Por favor, não guarde esta mensagem apenas para si: Reencaminhe-a para as pessoas que conhece que também se preocupam com os direitos dos animais

A ANIMAL é uma organização não-governamental de defesa dos direitos fundamentais dos animais não-humanos. Desenvolve campanhas de educação e informação do público acerca dos animais não-humanos, das suas características, necessidades, interesses e direitos fundamentais e do modo como estes são negativamente afectados pelas diversas indústrias que os exploram, torturam e matam. Além destas acções de educação, a ANIMAL desenvolve também campanhas de alerta e protesto, investigações especiais e denúncias públicas, envolvimento da comunicação social na exposição pública da exploração e violentação de animais, acções judiciais, e contacto com autoridades e decisores políticos, para promover o avanço do respeito pelos direitos dos animais e a sua protecção.

Email do Tio Toel, sobre quem foi o jornalista Gouveia Lemos, meu Pai

Vitor Lemos
para Zé, Maria, Luiz
mostrar detalhes
20:39 (47 minutos atrás)

Queridos sobrinhos,
Esse texto faz parte das memórias que venho reescrevendo.

Baseei-me muito no material que o Zé Paulo colheu.
Acredito que o essencial (a luta do vosso Pai contra a censura) está aí.
Se houver alguma inexatidão ou omissão, por favor, me informem.
Como vivemos numa "democracia global" regida por um pensamento único e cuja "grande imprensa" vive sob censura interna em favor desse pensamento único, e dos interesses dos anunciantes (fala um ex-publicitário), o vosso Pai entra aqui como exemplo do que um jornalista íntegro, mesmo numa aparente liberdade de imprensa, sofre com a censura interna dos meios de comunicação - a censura que ele mais detestava.
Em páginas mais adiante, o exemplo dele será lembrado, reforçando o tema que inspira as memórias: o desajuste que eu (um publicitário e artista plástico de formação humanista, e do mesmo sangue Gouveia Lemos) sofri em relação à cultura de mercado e comunicação de massa, de poder absoluto no mundo contemporâneo.
Espero um dia poder publicar esse trabalho, ao menos em edição digitalizada, e pequeno número de exemplares.
Beijos e saudades para todos dos
tios Toel e Celina

História do meu Pai escrita pelo meu Tio, seu irmão

Novo capítulo sobre Gouveia Lemos
13.


7 de outubro de 1962.
Ao romper do dia, a data era saudada na redação do jornal com brindes e hurras: estava sendo lançado o primeiro número da Tribuna em Lourenço Marques, capital de Moçambique.
À frente de uma elite de jornalistas, e contratado com plenos poderes para criar algo novo na imprensa local, Gouveia Lemos via nascer, junto com o sol, a realização de um velho sonho.

O dia começava abafado em Lourenço Marques.
Gouveia Lemos (o nosso Veríssimo) abria a porta de casa exausto mas feliz.
O sol despontava no oceano Índico, o bairro Bico Dourado ainda parecia dormir.
Respirou fundo antes de entrar, olhou uma cesta com mantimentos na calçada junto à porta, deu dois passos no corredor escuro, quase se chocou com a negra Mamana Rabeca. Bom dia, Mamana, que cesta é essa aí fora ?
O homem deixou aí prás crianças, patrão.
Que homem, Mamana ?
Não sei, patrão, é o homem da rua.
Outra vez, o homem da rua – saiu murmurando Veríssimo.
Sem sono, sentou-se numa poltrona, olhando a sala ainda na penumbra.
A Madalena e os cinco filhos ainda dormiam.
Acendeu o abajur de pé alto, e abriu o jornal.
Trouxera-o debaixo do braço ainda cheirando a tinta fresca.
Era o primeiro exemplar da Tribuna que ele ia guardar como um troféu.
Já o lera e relera, conferira linha por linha, cuidadoso como nunca, sob a paranóia da censura.
Relia agora com mais calma, e mais prazer as páginas bem diagramadas, arejadas, as matérias ousadas com belas fotos, enfim, um jornal independente, feito inteiramente a seu critério.
Olhava-o como pai que lambia a cria.
Tinha finalmente nos seus braços não apenas um jornal como outros onde colaborara ou fora director durante uns sete anos: tinha agora no seu colo um filho que ele gerara, do qual fora pai e mãe, após uma gravidez sofrida de meses. E que acabara de trazer à luz, após um parto laborioso que se estendera por toda a madrugada, sob as ameaças sinistras dos censores.

Jornalista rebelde, difícil de domar, e um dos profissionais mais visados pela ditadura, fora ousado demais ao requerer licença para fundar um jornal inteiramente confiado à sua direção.Após meses de negaças, jogo de gato e rato, promessas não cumpridas, edições prontas atiradas ao lixo por impedimentos de última hora, saíra a licença.
Com cinco filhos e mais um a caminho, e sem salário, valia-se da própria coragem e do apoio moral e material de amigos intelectuais – Rui Knopfli, José Craveirinha, Eugénio Lisboa, Carlos Adrião Rodrigues e família.
E do misterioso homem da rua que diariamente deixava a sua contribuição de mantimentos.
Valia-se também do apoio não menos nobre da Mamana, uma negra de alma iluminada e coração imenso, que há meses trabalhava sem receber salário.
E que, vez por outra, levava discretamente para a sua palhota as crianças que vira nascer e ajudara a criar para lhes dar o lanche que estava faltando na casa do patrão.
A Tribuna, estimulada por tanta solidariedade, nascia sob a luz da esperança. Havia perspectivas de abertura por parte do Ministro do Ultramar e do Governador de Moçambique.
A partir dos primeiros números, as matérias do novo jornal faziam sucesso.
Com habilidade, denunciava a detenção injusta de um poeta acusado de crimes políticos, criticava o código de trabalho rural do ultramar, publicava entrevista com Ben Bella sobre a independência da Argélia, e apelava aos vereadores de Lourenço Marques para que olhassem menos para os bairros de luxo, e olhassem mais para os quatro quintos da cidade feitos de caniço, construíssem bairros econômicos, distribuíssem água canalizada, luz, e fizessem saneamento.
O jornal começava avançado demais para o gosto dos poderosos.
Com uma agravante: o nascimento da Frelimo com o objetivo de lutar pela independência da colônia, e a perspectiva de uma guerrilha igual às da Guiné e Angola começava a despertar preocupações.
Resultado : em menos de um ano, o jornal sem verbas de propaganda, sem crédito, sem tinta e papel, passava para as mãos salazaristas do Banco Nacional Ultramarino.
O sonho durara pouco.
Daqui em diante, Gouveia Lemos não tinha alternativa.
Tinha que voltar a um jornalismo melancólico sob duas censuras simultâneas : a do jornal (a que mais detestava) e a do governo.
Entretanto, a Frelimo inicia a guerrilha em Moçambique.
Há pressões da ONU, dos EUA, Rússia e Grã-Bretanha pela auto-determinação do ultramar português.
Os Bispos da Beira e de Nampula em Moçambique denunciam crimes das autoridades contra os direitos humanos e sofrem perseguições. As perseguições estendem-se a freiras e missionários.
A partir de novembro de 1964, Gouveia Lemos assume o cargo de diretor técnico do Notícias da Beira.
Em 7 de setembro de 1968, Salazar sofre um acidente, e é afastado do governo em conseqüência de um hematoma cerebral.
Para a oposição, é um 7 de setembro que prenuncia a libertação da ditadura. Assume o governo Marcelo Caetano de tendência liberalizante.
Na direção do Notícias faz-se sentir essa tendência.
Em 1972, acontece na cidade da Beira uma morte que atrai suspeitas : o corpo de uma jovem cai do alto de um edifício.
Suspeita-se de assassinato.
O réu estaria entre a oficialidade do exército português envolvido na guerra colonial.
O inquérito estava sendo abafado, enquanto as autoridades divulgavam a versão de suicídio.
Gouveia Lemos manda apurar a verdade por jornalistas subalternos.
Segundo fonte limpa, trata-se de crime passional por parte de um militar casado que pretendia livrar-se da amante para evitar o escândalo de adultério.
Gouveia Lemos começa uma campanha exigindo apuração da verdade.
A campanha inicia-se com o título Cadáveres não se suicidam.
Ganha repercussão, as autoridades militares reagem, pressionam o jornal, e Gouveia Lemos é intimado pela direção do jornal a calar-se.
O Veríssimo (superlativo de vero – verdadeiro) que tinha a fidelidade à verdade como princípio sagrado, sentiu-se achincalhado.Era a gota d’água.
Com a saúde abalada, e tendo que fazer nova cirurgia no coração, começa a pensar em deixar de vez Moçambique, e vir para o Brasil.

Por ocasião do Natal de 1971, escreve-me uma carta de quatro páginas sobre o seu projeto de emigrar.
Lembra os dias em que esteve connosco no Rio com a Madalena numa segunda viagem a convite nosso, por ocasião da morte da filhinha caçula Maria João, vítima de malária.
Começava com um desabafo: os horizontes não se abrem.
O meu entusiasmo desaparece.
Pensa também em submeter-se aqui à segunda cirurgia de coração.
E diz o motivo : deixei-me tomar pelo desejo de a fazer aí, junto dos meus, com a minha mulher e os meus filhos entregues aos meus.
Perdera o entusiasmo pela profissão, e com a morte da caçulinha, perdera o entusiasmo pela vida.
Adiara a segunda operação por tempo demasiado, e encarava com realismo a perspectiva de não resistir ao último desafio que a vida lhe preparava.
Em fevereiro de 1972, Gouveia Lemos (o nosso Veríssimo) desembarcava no Rio com a mulher, cinco filhos, e a grande ausência da Joãozinho.
Após catorze anos, voltava ao Brasil, tentando refazer a vida.
Vinha murcho, cansado de lutas, desgostos e decepções.
Se tivesse antecipado a viagem, talvez desembarcasse com menos uma dor e mais uma criança.
Ao sorriso aberto pelo encontro com a família, juntava-se um sorriso íntimo de ironia pelos sonhos que deixara pelo caminho : exercer o jornalismo algum dia, dignamente, com liberdade.
A dura realidade é que largara uma ditadura para tentar vida numa outra ditadura.
A democracia brasileira, que ele conhecera e o encantara quando aqui esteve há 14 anos, entrara em colapso, desde 1964.
Sem perda de tempo, tinha que se abrir sobre o que mais o preocupava nesta debandada.
Escolheu o irmão mais novo, o Luis Bernardo (Menau), para uma conversa reservada no Jardim Botânico.
A diferença de 13 anos entre as suas idades contava pouco, tais as afinidades que o irmão mais velho, após muitos anos de ausência, viu reveladas no mais novo : uma alma gêmea madura, inteligente, identificada com as suas idéias.

O problema da válvula mitral agravara-se, a cirurgia demasiado adiada era extremamente delicada e, com mulher e cinco filhos, o assunto da conversa não tinha tanto a ver com projetos de vida, mas com a perspectiva da morte.
Esse preâmbulo, colocado com a firmeza e a coragem de quem já conhecera muitas faces da adversidade, escureceu a vista do irmão caçula.
A aléia principal do Jardim Botânico parecia agora mergulhada em sombras. Para mim, portanto – continuava o Veríssimo – o objetivo maior desta vinda é poder ir para a sala de cirurgia certo de que a família que eu criei, ficou entregue à família com a qual eu fui criado. Na hipótese de acontecer o pior, esse é o legado que vim trazer pra vocês.
Essas palavras sobre uma morte prenunciada, caíam como petardos nos ouvidos do irmão.
A caminhada continuou, agora silenciosa, entre as palmeiras imperiais.
O Luiz Bernardo, engasgado, tentou recompor-se, ergueu os olhos seguindo o tronco alto das palmeiras, procurando algo, uma luz vinda lá de cima, que dissipasse aquele pesadelo.
Sentaram-se à sombra de uma jaqueira, de olhar vago sobre as vitórias e ninféias do grande lago, onde as águas refletiam o azul do céu...
Em volta, o jardim resplendia ao sol, falava de vida, era um festival de cores. Não há-de ser nada - concluiu um deles.
Não há de ser nada – repetiu o outro.
Dias depois, aconteceu a cirurgia.
Alívio geral : segundo o cirurgião, fora um sucesso.Com a recuperação já adiantada, combinou-se a celebração: seria no Domingo de Páscoa, no próprio apartamento do Veríssimo, recém montado em Ipanema.
Estávamos de saída com as crianças, abro a porta, chamo o elevador, o telefone toca. Do outro lado, a voz de uma empregada informa lacônica e cortante : Senhor Vítor, o senhor Veríssimo acaba de falecer.

--- § ---

Estamos no cemitério.
O meu irmão vai ser sepultado com os seus sonhos em cinzas.
O seu corpo está sendo velado como espólio de uma guerra perdida.
E no mesmo lugar – é duro lembrar - onde, há 15 anos, foi sepultada a nossa irmã Maria Tereza, vítima de uma encefalite virótica.
Com o casamento marcado, apartamento pronto para morar, o vestido de noiva pendurado no armário.
A maioria dos rostos pálidos de óculos escuros - porque é hábito nosso esconder as lágrimas – lançava os últimos olhares sobre aquele Dom Quixote deposto e sem armas.
Só o meu amigo surdo-mudo me aparece, lágrimas escorrendo, porque é essa a sua única maneira de me falar.
Abraço-o com um abraço especial, eu também surdo-mudo, porque, perante a intensidade de certas dores, nada mais há para falar ou ouvir.
Para lá do cemitério, imagino um muro que vai até ao céu, um muro impenetrável que nos separa do invisível, um outro mundo onde a justiça seja possível.
O mundo que nos foi ensinado no catecismo da infância, procurando dar-nos um sentido à vida e à morte.
Como em todos os enterros, as conversas são evasivas, derivam para trivialidades : o tempo, a temperatura, vai chover, não vai chover, como vão os negócios, as últimas do noticiário, a política.
Mas o muro continua lá com o seu silêncio pétreo, aliado à frieza dos mármores nas sepulturas. Amplo cenário de mistérios que nos encara desafiando as nossas indagações sobre os mistérios do outro lado.
Terminado o sepultamento, os convidados voltam à vida.
Lá fora, a megalópole estremece o solo, ressoa ensurdecedora como uma discoteca feita para acordá-los do pesadelo.
Na rua, a vida, afinal, continua vibrante, ainda pode ser bela na cidade maravilhosa.
Lá fora, o amanhã nos espera.
E amanhã será outro dia.


Escrito por, Vítor Gouveia Lemos

É com lágrimas e soluços que transcrevo o que o meu adorado Tio Toel(Vitor) me enviou hoje.
Chorei o que ainda não tinha chorado, quando da morte do meu Pai, pois ele sempre me disse que não queria ver ninguém a chorar caso morresse...

Madalena filha