sábado, agosto 16

Madonna chega aos 50 e começa turnê que deve passar pelo Brasil




FERNANDO KAIDA
Editor de UOL Música

Mais importante nome do pop das últimas três décadas, Madonna chega aos 50 anos neste sábado (16) com a carreira em um de seus melhores momentos. A cantora lançou recentemente o elogiado disco "Hard Candy", assinou no final de 2007 um contrato de dez anos estimado em US$ 120 milhões com a empresa Live Nation, que vai gerenciar sua carreira e lançar seus discos, e começa, no dia 23 de agosto, a turnê mundial "Sticky and Sweet" que deve passar pelo Brasil em dezembro.

O que diferencia Madonna dos demais grandes nomes do pop a partir dos anos 70 --anteriores à própria estréia da cantora-- é a consistência de sua carreira nestes mais de 25 anos. Disco após disco, turnê após turnê, depois de mudar de visual inúmeras vezes, Madonna segue tão popular quanto em sua época de "material girl". Seus álbuns, mesmo os duramente criticados, quase sempre são recebidos como indicação certeira para onde vai a música pop --e vão para o topo das paradas: Madonna já vendeu mais de 200 milhões de discos em todo o mundo.

Poucos artistas sabem como trabalhar referências ainda restritas a guetos --vogue, electro, parkour, entre outros-- e embrulhá-las de forma acessível para o grande público, além de se aliar a produtores de renome sem perder o controle da situação. Como uma verdadeira artista-empresária, Madonna parece ter sempre o controle total da situação.

De tempos em tempos, Madonna se envolve com cinema --com resultados geralmente sofríveis, porém que não abalam a carreira dela-- e chegou até a escrever contos infantis no começo desta década, algo impensável dez anos antes, quando erotizava o mundo com "Erotica" e o livro "Sex".

A isso se somam a dedicação da estrela pelos ensinamentos da cabala e seu cada vez mais evidente lado humanitário, principalmente voltado à ajuda aos orfãos do Maláui, país africano de onde adotou o terceiro filho. Todos os passos da cantora são acompanhados incessantemente, sem que qualquer deslize esbarre na adoração dos fãs por sua música e imagem.

Desde que lançou em 1983 o primeiro sucesso, "Holiday", a cantora sempre fez questão de deixar a palavra "controvérsia" bem próxima de sua figura. Nos anos 80, apareceu cantando vestida de noiva com um cinto em cuja fivela se lia "Boy Toy", encarnou a versão garota materialista que parodiava Marilyn Monroe e enfureceu a igreja católica ao beijar um santo negro.

Na década seguinte, exaltou o lado sexual com clipes como "Justify My Love" e o documentário "Na Cama com Madonna", e, mais comportada, interpretou no cinema Evita Perón, ícone político argentino. Entre a segunda metade dos anos 90 e o começo dos 2000 teve os filhos Lourdes Maria (1996) e Rocco (2000) e lançou discos como "Ray of Light" e "Music".

Nesta década, utilizou sua música para criticar o governo norte-americano e a guerra, sem deixar de causar irritação em alguns setores conservadores --como a sua "crucificação" na turnê "Confessions"-- e exaltar a diversão e as pistas de dança.

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Agora, em 23 de agosto, faz no País de Gales seu primeiro show aos 50 anos para mostrar que, enquanto Britneys, Shakiras e Aguileras tentam, Madonna dificilmente perderá tão cedo o título de rainha do pop.

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