Itália:
Discriminação contra minoria Roma
Nos últimos meses as autoridades italianas têm vindo a tomar medidas discriminatórias contra a minoria étnica Roma (ciganos), indicando que se inserem numa política de segurança e de redução da criminalidade. Entre as mais controversas inclui-se a recente iniciativa governamental de recolher impressões digitais entre a comunidade, inclusive crianças. Uma medida que foi já considerada discriminatória pelo Parlamento Europeu.
A retórica anti-Roma aumentou de tom em Itália após a reeleição de Sílvio Berlusconi para Primeiro-Ministro, em Abril deste ano, tendo mesmo o combate aos Roma sido uma das suas promessas eleitorais. Uma atitude que tem gerado um clima discriminatório que tornou socialmente aceitáveis os ataques a esta comunidade. Muitos Roma têm sido vítimas de violência física e psicológica.
No início de Maio, cocktails Molotov foram atirados contra os campos habitados pelos Roma nos arredores de Milão. Alguns dias depois, nos subúrbios de Ponticelli (Nápoles), uma multidão furiosa saiu às ruas em perseguição aos Roma, na sequência da detenção de uma adolescente da comunidade que alegadamente tentara raptar um bebé de seis meses. Mais de 500 Roma, metade deles crianças, foram obrigados a abandonar as suas casas.
Ataques semelhantes continuaram nos meses de Junho e Julho. Perante a escalada da violência, a Amnistia Internacional apela às autoridades italianas para que ponham fim à permanente estigmatização da comunidade Roma e para que adoptem medidas que protejam estes indivíduos e promovam a sua integração na sociedade. Ao mesmo tempo, é imprescindível que sejam iniciadas investigações relativas aos ataques perpetrados contra as habitações da comunidade Roma.
Ajude-nos a mudar a vida dos cerca de 150 mil Roma que se estima viverem em Itália.
Assine a petição que será enviada ao Ministro do Interior Italiano Roberto Maroni, disponível em www.amnesty.org/en/appeals-for-action/italy-must-stop-the-discrimination-against-roma
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