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“Eu, o meu filho Mohammed e a minha mulher Asma agradecemos a todos os membros da AI por me apoiarem e por apoiarem os direitos humanos. Trabalharemos com vocês até conseguirmos paz para todas as pessoas do mundo. Nunca esquecerei a vossa ajuda”.
Palavras de Sami Al-Hajj, operador de câmara sudanês do canal de televisão Al-Jazeera, que esteve preso em Guantánamo durante quase seis anos, sem qualquer acusação formada ou julgamento. Foi detido quando se encontrava a passar pelo Paquistão com a sua equipa de trabalho, que pretendia cobrir o conflito no Afeganistão. Foi libertado a 1 de Maio de 2008.
Boas Notícias
China:
Libertado activista chinês
ZhangShanguang.jpg Zhang Shanguang, ex-professor e activista chinês, foi libertado no passado dia 19 de Julho, após o cumprimento da sua sentença de dez anos. As autoridades chinesas prenderam Zhang Shanguang em Agosto de 1998 por suspeitarem que pretendia registar a sua associação de protecção dos direitos laborais. Refira-se que Zhang Shanguang esteve apenas dois anos em liberdade, pois em 1996 tinha cumprido uma pena de sete anos por alegadamente servir de “agente ilegal de informações a organizações hostis”.
A sentença de Dezembro de 1998 incorporou-o no programa “Reeducação pelo Trabalho”, na prisão n.º 1 da Província de Human. Os trabalhos físicos excessivos, a subnutrição e as condições de trabalho desumanas terão sido factores que contribuíram para Zhang Shanguang contrair tuberculose, colocando em risco a sua vida e a dos restantes prisioneiros. No entanto, quando se recusou a trabalhar devido à sua condição, terá sido agredido pelos guardas prisionais. Vítima de tortura e negligência médica, Zhang Shanguang representa a outra face da China moderna, que se distingue pela falta de respeito pelos direitos humanos.
Segundo relatos actuais, as prisões chinesas, bem como outras instituições estatais, utilizam tortura, por vezes até à morte, e não respeitam as condições físicas dos prisioneiros e as suas horas de descanso. Estes prisioneiros são vítimas de subnutrição, são obrigados a permanecer agrilhoados e sujeitos a julgamentos injustos.
Egipto:
Jovens activistas libertados
AhmedMaher.jpgAhmed Maher, Ahmed Afifi e outros doze jovens pertencentes ao grupo “6 de Abril”, detidos a 13 de Julho durante um protesto pacífico na cidade de Alexandria, foram libertados sem acusação entre os dias 30 de Julho e 1 de Agosto. Ao sair em liberdade, Ahmed Maher agradeceu à Amnistia Internacional pelo envio de apelos e considerou a atenção internacional essencial para o processo de libertação.
A detenção tinha ocorrido no dia 13 de Julho, feriado nacional egípcio, quando 35 membros do grupo “6 de Abril” participaram num protesto pacífico em favor de reformas políticas e económicas no Egipto, levando a repressões por parte da polícia local. A Amnistia Internacional advertiu para a possibilidade de maus-tratos durante a detenção destas pessoas e exigiu a sua libertação.
O grupo “6 de Abril” teve início na comunidade online facebook e é maioritariamente constituído por estudantes universitários, o que reforça o uso da Internet para este tipo de actividades. Apesar das boas notícias, a detenção destes jovens é um forte indicador da contínua falta de liberdade de expressão no Egipto.
www.amnistia-internacional.pt
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