O anarquista entre Morro Velho e A Capital
veganito · Belo Horizonte (MG) ·
19/1/2008 18:58 · 120 votos · 12 ·
Renegado por ser anarquista, o controverso Fóscolo produziu obras brilhantes, mas indigestas para as elites alfabetizadas que tinham acesso a leitura. Alguns exageraram nas críticas, alegando a proximidade do autor mineiro com as obras de Émile Zola, autor do célebre Germinal.Embora quase tenha ocupado cadeira na Academia Mineira de Letras, Avelino Fóscolo, nascido em Sabará no ano de 1864, é parte de um passado engavetado que, quando aberto, surpreende os poucos que tomam conhecimento de suas obras. Para quase todos, saber que em Minas Gerais existiu um romancista assumidamente anarquista na virada do século XIX é de torcer a pestana. Poucos compreendem a importância, no ponto de vista histórico, das obras de um autor que não possui o olhar domesticado em ralação a sociedade, que denunciou sua própria realidade sem perder a sensibilidade de um escritor.Fóscolo, segundo a autora de sua biografia Leticia Malard, saiu de casa ainda adolescente e logo ingressou na Mina de Morro Velho, em Nova Lima, onde trabalhou por algum tempo. Destacou-se também como ator de circo e percorreu alguns países da América Latina, representando espetáculos de sua autoria. Suas principais obras são O Caboclo, A Capital e Morro velho, dentre outros romances ainda quase inacessíveis, que abordavam temas como a liberdade sexual feminina no início do século e os últimos momentos da escravidão em Minas Gerais, trouxeram à tona uma narrativa atrelada ao seus princípios políticos e fez da literatura um documento social que hoje é essencial para entendermos o passado mineiro na contramão do discurso corrente.Leia o texto integral em O BINÓCULO
Renegado por ser anarquista, o controverso Fóscolo produziu obras brilhantes, mas indigestas para as elites alfabetizadas que tinham acesso a leitura. Alguns exageraram nas críticas, alegando a proximidade do autor mineiro com as obras de Émile Zola, autor do célebre Germinal.Embora quase tenha ocupado cadeira na Academia Mineira de Letras, Avelino Fóscolo, nascido em Sabará no ano de 1864, é parte de um passado engavetado que, quando aberto, surpreende os poucos que tomam conhecimento de suas obras. Para quase todos, saber que em Minas Gerais existiu um romancista assumidamente anarquista na virada do século XIX é de torcer a pestana. Poucos compreendem a importância, no ponto de vista histórico, das obras de um autor que não possui o olhar domesticado em ralação a sociedade, que denunciou sua própria realidade sem perder a sensibilidade de um escritor.Fóscolo, segundo a autora de sua biografia Leticia Malard, saiu de casa ainda adolescente e logo ingressou na Mina de Morro Velho, em Nova Lima, onde trabalhou por algum tempo. Destacou-se também como ator de circo e percorreu alguns países da América Latina, representando espetáculos de sua autoria. Suas principais obras são O Caboclo, A Capital e Morro velho, dentre outros romances ainda quase inacessíveis, que abordavam temas como a liberdade sexual feminina no início do século e os últimos momentos da escravidão em Minas Gerais, trouxeram à tona uma narrativa atrelada ao seus princípios políticos e fez da literatura um documento social que hoje é essencial para entendermos o passado mineiro na contramão do discurso corrente.Leia o texto integral em O BINÓCULO
2 comentários:
Bô tardi amiga , su sê ádmiradô et vo istar su país perócima semana. Ti cumprimenu
K
Só tu mesmo para me fazeres rir...
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