19 Janeiro 2008
Rio - Uma montanha de corpos que mais parecem esqueletos, nus e empilhados.
A representação do Holocausto, o extermínio de 6 milhões de judeus pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, vai contrastar com a alegria dos foliões no desfile da Viradouro.
A boa intenção do carnavalesco Paulo Barros, autor do enredo "É de arrepiar", é protestar contra uma das maiores atrocidades cometidas pelo Homem.
O contexto em que o manifesto se insere, porém, é visto como inadequado pela Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (Fierj).
Há cerca de dois meses, Paulo e o presidente da agremiação Marco Lira, procuraram o presidente da Fierj, Sergio Niskier, para conversar sobre a alegoria.
Na reunião, definida por Niskier como saudável e positiva, ficou claro para a entidade que a obra não carrega traços de preconceito. Mas Niskier teme que o público não entenda tão bem a mensagem.
"Percebemos a intenção correta de utilizar o espaço fantástico de divulgação do Carnaval para fazer uma denúncia da violência.
Mas julgamos inadequada a mistura do Holocausto no contexto do desfile.
Não seria percebido pela população da forma que o Holocausto precisa ser",
afirma Niskier.
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