terça-feira, fevereiro 5

"Síndrome do Pânico" O que é ?


O que é ?

A "Síndrome do Pânico" é um quadro clínico no qual ocorrem crises agudas de ansiedade sem que haja um estímulo disparador compatível com a intensidade das crises.
O indivíduo vive uma variedade de experiências intensas, desprazeirosas e estranhas para ele sem que consiga identificar, a princípio, o que as desencadeou. Este quadro clínico teve sua incidência aumentada dramaticamente nos últimos dez anos.
Este aumento pode ser atribuído a modificações sócio-culturais e a uma maior possibilidade diagnóstica nos tempos modernos.
A característica principal do quadro clínico da "Síndrome do Pânico" são crises de ansiedade agudas, as chamadas crises de pânico.
Estas se caracterizam pela súbita, inesperada e freqüentemente avassaladora sensação de terror e apreensão, acompanhada de sintomas somáticos em muitos órgãos e sistemas, como falta de ar, palpitações e sensação de desfalecimento.
Os sinais e sintomas de uma crise de pânico são semelhantes aos que ocorrem durante um esforço físico intenso ou numa situação de risco de vida.´

Principais Sintomas da Crise de Pânico:

A crise de pânico vem rapidamente e com severa angústia.
A sua duração média é de 20 a 30 minutos, podendo variar de minutos a horas, atingindo seu ápice em aproximadamente 10 minutos.
A freqüência de ocorrência das crises é variada e estas são em geral totalmente debilitantes, sendo usualmente seguidas de fadiga, conseqüência do desgaste gerado pela mesma.
Os Principais sintomas de uma crise de Pânico são:

Dor no peito
Sensação de engasgo
Palpitação
Tremores
Falta de ar
Rigidez
Ondas de frio ou calor
Palidez
Sudorese abundante e fria
Reflexos intensificados (hipervigilância)
Formigamento das mãos e pés
Sensação de morte ou loucura eminente
Tonteira, Vertigem, Instabilidade,
Fraqueza, Sensação de desmaio
Sensação de perda de controle, dificuldades no pensamento linear e lógico

Da onde vem?

Distúrbios na capacidade homeostática do indivíduo geram, com o decorrer do tempo, uma fragilidade, a qual se faz sentir nos momentos em que a pessoa depara-se com sentimentos que exigem um esforço maior de adaptação.
A partir da ocorrência da primeira crise o indivíduo passa a funcionar num círculo vicioso no qual o medo de ter crise precipita a própria crise.

A "Síndrome do Pânico" ocorre duas vezes mais em mulheres do que em homens, sendo sua maior incidência entre os 18 e 35 anos.
É estatisticamente mais freqüente em indivíduos que tenham algum familiar que apresente o quadro.
Observa-se uma freqüência acima da média de casos de prolapso da válvula mitral entre indivíduos que apresentam este distúrbio.

A ingestão de algumas drogas como cocaína, maconha, crack, ecstasy, podem aumentar a atividade e o medo, facilitando a eclosão de um quadro de "Síndrome do Pânico".
As crises de pânico não tratadas podem evoluir para uma série de fobias, limitando a liberdade do indivíduo, podendo enclausurá-lo em sua própria casa durante décadas.

Como tratar ?

Tratamento Psicológico - O Psicólogo busca auxiliar o cliente no desenvolvimento de seu auto-suporte.
Procura facilitar a pessoa a entrar mais em contato com suas sensações, por exemplo através do trabalho corporal (ex.: respiração).
Visa proporcionar ao cliente a oportunidade de experimentar a possibilidade de correr riscos com seu próprio suporte, dentro do ambiente "seguro" proporcionado pelo espaço psicoterapêutico, solidificando sua autoconfiança.

Uso de Medicação
- A medicação pode ser utilizada para aliviar o sofrimento geralmente dramático imposto pela "Síndrome do Pânico", porém não modifica os fatores geradores deste quadro.
A especialidade médica responsável por este tipo de tratamento é a Psiquiatria.
Usualmente se utiliza uma associação de antidepressivos e ansiolíticos.
Existem também algumas pesquisas a cerca do uso de medicação similar a usada em casos de epilepsia.

OBSERVAÇÃO: Normalmente uma associação de tratamento psicoterápico e medicamentoso traz excelentes resultados

Sem comentários: