Turismo visto por operadores agregados na CTA
Más estradas e infra-estruturas inviabilizam desenvolvimento Maputo (Canal de Moçambique)– Os Operadores da Indústria do Turismo e Hotelaria, através da Confederação das Associações Económicas de Moçambique ( CTA), dizem que a falta de progresso na implementação da sinalética
em lugares de interesse turístico um pouco por todo o país, particularmente em Maputo, Inhambane, Vilanculo, Pemba, Ilha de Moçambique, estes tidos como pontos potencialmente turísticos, e nas principais estradas nacionais, exceptuando as Estradas Nacionais números 1 e 4, bem como a não existência de uma instituição privada que represente os interesses de todos operadores deste sector económico, continuam sendo os factores que impedem o desenvolvimento do turismo ao nível nacional.A esses factores se acrescentam as já sabidas restrições que o Governo
vem impondo ao uso de rotas aéreas internacionais, regionais e internas como forma de protecção à Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), a companhia aérea do Estado (80%) e da VinteLam (20% de gestores e trabalhadores).Apesar de certas melhorias nalguns serviços públicos com impacto no turismo, e a reabilitação de algumas infra-estruturas tais como estradas, comunicações, electricidade, água, hospitais, e o aparente controlo da situação prevalecente da malária e HIV/SIDA, o sector privado nacional considera ainda que muitas estradas, sobretudo para destinos turísticos, estão em precárias condições de transitabilidade e as infra-estruturas se apresentam em más condições. Acrescentam os operadores turísticos agregados na Confederação das Associações Económicas de Moçambique ( CTA), que o abastecimento de água continua deficiente, embora por outro lado se reconheça que a electricidade e a rede de telefonia móvel, estão em expansão com potencial para seu desenvolvimento nas áreas turísticas.Outro constrangimento que é levantado também pela CTA como estando a impedir o desenvolvimento do Turismo em Moçambique, é a inexistência de uma legislação especifica e instituições para o licenciamento e funcionamento dos operadores comerciais de mergulho e pesca recreativa, o que segundo os próprios agentes económicos, tem estado a concorrer para diversas ilegalidades, pelo facto de permitir o florescimento de operadores ilegais, estes que por seu turno dificultam a actividade dos operadores legais.Como tal, o sector privado através dos operadores deste ramo de actividades, é de opinião de que o Governo devia avaliar as melhores práticas internacionais no domínio do mergulho.Na verdade, ao nível nacional, não existe uma instituição privada que represente os interesses de todos os operadores do turismo e hotelaria, embora tenha sido criada a Federação de Hotelaria e Turismo de Moçambique, em Outubro do ano passado na cidade de Pemba, província nortenha de Cabo-Delgado, agremiação esta que ainda não tem estatutos, aguardando-se a apresentação destes pela respectiva
Comissão Instaladora, dentro de dias.Outrossim, o código de conduta dos operadores turísticos, ainda não está totalmente divulgado nas províncias,
segundo acusam os empresários deste ramo. Embora tenha sido reintroduzido o código de incentivos fiscais e aduaneiros para projectos turísticos de raiz, a maioria dos operadores deste ramo, diz que nada progrediu neste capítulo, porque tal como estava anteriormente, a carga fiscal e aduaneira ainda é muito alta, continuando a tornar a indústria turística menos competitiva.Um estudo levado a cabo no ano passado no país, com objectivo de apurar as reais causas que estariam a retrair o turismo em Moçambique, mormente devido a fraca entrada de turistas, determinou que as restrições impostas pelo Governo na exploração de
rotas aéreas internacionais a outras operadoras em protecção da Companhia nacional, Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), também eram dos principais factores que impediam o desenvolvimento deste sector de actividade económica nacional.
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