Perispírito
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O perispírito é, segundo a Doutrina Espírita, o elemento intermediário que conecta a vontade que nasce do espírito com a percepção que direciona o cérebro[1].
Origem do termo
O termo perispírito foi cunhado por Allan Kardec, e encontra seu primeiro uso no comentário que segue o item 93 de O Livro dos Espíritos:
O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer?
“Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.”
Segue-se a esse trecho o seguinte comentário de Kardec: "Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito".
A partir daí Kardec se ocupou de buscar fundamentação para essa hipótese, estudando as propriedades daquilo que à época recebia o nome de "fluidos" (eletricidade, magnetismo, calor), e ampliando a pesquisa para o que chamou de "fluidos psíquicos" ou "espirituais". Concluiu que o perispírito seria um corpo fluídico que envolve o espírito na condição de ente "semimaterial". Mais "grosseiro" que o espírito e mais "sutil" que o corpo, seria o responsável, entre outras funções, pela transmissão da vontade daquele para este e das sensações do corpo para o espírito. Seria constituído a partir de modificações particulares do "Fluido Cósmico Universal", que Kardec defendia ser a matéria primordial de que se compõe o universo.
Outras concepções
Conservando a nomenclatura original, muitos adeptos da Doutrina Espírita definem hoje o perispírito como um "corpo" dotado de "centros de força", adotando para estes praticamente as mesmas definições que a Teosofia e outras doutrinas baseadas nos ensinamentos orientais elaboraram para o Corpo Astral e os Chakras.
O perispírito teria, assim, a função de "modelar" o corpo físico (chamado de soma), de forma que cada centro de força corresponderia a uma glândula e estaria intimamente ligado ao sistema nervoso, através do qual conduziria ao corpo as deliberações do espírito, e a este transportaria as impressões sensoriais.
Desempenharia, também, o importante papel de elo entre o espírito comunicante e o espírito encarnado nos fenômenos mediúnicos.
O perispírito emitiria ainda, segundo alguns, "vibrações", transformando os "fluidos semi-materiais", de acordo com os pensamentos: poderia, assim, variar da "luminosidade mais elevada" até aspectos mais "repugnantes", consoante a "qualidade" de quem os emite.
O termo perispírito foi cunhado por Allan Kardec, e encontra seu primeiro uso no comentário que segue o item 93 de O Livro dos Espíritos:
O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns, está sempre envolto numa substância qualquer?
“Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira.”
Segue-se a esse trecho o seguinte comentário de Kardec: "Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito, serve de envoltório ao Espírito propriamente dito".
A partir daí Kardec se ocupou de buscar fundamentação para essa hipótese, estudando as propriedades daquilo que à época recebia o nome de "fluidos" (eletricidade, magnetismo, calor), e ampliando a pesquisa para o que chamou de "fluidos psíquicos" ou "espirituais". Concluiu que o perispírito seria um corpo fluídico que envolve o espírito na condição de ente "semimaterial". Mais "grosseiro" que o espírito e mais "sutil" que o corpo, seria o responsável, entre outras funções, pela transmissão da vontade daquele para este e das sensações do corpo para o espírito. Seria constituído a partir de modificações particulares do "Fluido Cósmico Universal", que Kardec defendia ser a matéria primordial de que se compõe o universo.
Outras concepções
Conservando a nomenclatura original, muitos adeptos da Doutrina Espírita definem hoje o perispírito como um "corpo" dotado de "centros de força", adotando para estes praticamente as mesmas definições que a Teosofia e outras doutrinas baseadas nos ensinamentos orientais elaboraram para o Corpo Astral e os Chakras.
O perispírito teria, assim, a função de "modelar" o corpo físico (chamado de soma), de forma que cada centro de força corresponderia a uma glândula e estaria intimamente ligado ao sistema nervoso, através do qual conduziria ao corpo as deliberações do espírito, e a este transportaria as impressões sensoriais.
Desempenharia, também, o importante papel de elo entre o espírito comunicante e o espírito encarnado nos fenômenos mediúnicos.
O perispírito emitiria ainda, segundo alguns, "vibrações", transformando os "fluidos semi-materiais", de acordo com os pensamentos: poderia, assim, variar da "luminosidade mais elevada" até aspectos mais "repugnantes", consoante a "qualidade" de quem os emite.
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