quinta-feira, outubro 4

Ao agir honestamente, ninguém faz mais do que a obrigação.

Tudo sobre a Vida
Quase todo mundo possui um tipo de fé que os leva a ponderar a existência de um Criador.
Com esta concepção, encerra-se a ingênua idéia de uma vida sem sentido, resultante do acaso, como também acaba a ilusória gestão do acaso na existência de situações de “sorte” ou “azar” em nossas vidas.
Antes de nascer nos comprometemos em progredir moral e intelectualmente.
Definimos metas, provas e expiações que nos ensinam a ser melhor, para que, ao retornar ao lar espiritual, pudéssemos fazê-lo com méritos, e não como um favor recebido por piedade divina.À parte do fato de quem nem todos crêem em reencarnação, e em salvação pelo esforço próprio, cremos que quase todos reconhecem a existência de Deus, Ser de ilimitada bondade, sabedoria e justiça e, assim, têm que ter em mente, e nas mãos, o trabalho no bem, o qual constrói vidas e sociedades melhores.
Devemos preocuparmo-nos com questões transcendentes, mas não esqueçamos coisas elementares.
A honestidade é uma das primeiras virtudes a serem conquistadas por quem deseja evoluir em moral, na paz e na felicidade.
O céu é um estado de consciência, de harmonia com as leis divinas.
Mas não há harmonia sem o rigoroso atendimento dos próprios deveres.
Ser honesto implica demonstrar lealdade em todos os aspectos da existência.
O homem honesto realiza as tarefas que lhe cabem, com ou sem testemunhas.
Ele não inventa desculpas para avançar sobre o património do vizinho.
A sociedade vive uma grande crise ética.
Ao tempo em que demonstram indignação com a desonestidade alheia, os indivíduos são, com frequência, desleais em seus negócios particulares.
Muitas vezes, quem reclama dos políticos não paga correctamente seus impostos.
Inúmeros estudantes bradam contra a falta de ética de governantes e empresários, mas colam nas provas e copiam as tarefas dos colegas.
Esse gênero de conduta sinaliza apenas hipocrisia, desculpismo nas próprias falhas, observando e criticando somente as falhas alheias.
Como afirmou Jesus, é necessário dar a César o que é de César.
Ao agir honestamente, ninguém faz mais do que a obrigação.
Mas não há como desenvolver harmonia espiritual se nem a honestidade ainda foi assimilada.
É paradoxal fazer caridade sem pagar as próprias contas.
A torpeza dos outros não nos serve de desculpa.
Antes de nos preocuparmos com a ausência de ética alheia, analisemos nosso próprio modo de viver.
Temos condições de assumir tudo o que fazemos e dizemos?
Não usamos de desculpas para agir com hipocrisia, para não focar atenção no nosso crescimento moral e espiritual?
Se assim não é, por que tanta inquietação com as acções que julgamos erradas nos outros?
Todos estamos sujeitos a dar um passo em falso.
E por isso devemos, no mínimo, entender quando isso acontece.
Se todo mundo erra, temos mais motivos para a tolerância e o perdão.
E se ninguém é perfeito, mais razão para entender as imperfeições alheias.
A terra é uma escola de aperfeiçoamento da humanidade.
Por essa razão, vale a pena prestar atenção no seu aproveitamento pessoal, e deixar aos outros o dever de cuidar dos próprios actos.
Pois a cada vez que deixamos o corpo físico, pela desencarnação, uma nova avaliação é feita e todos, sem excepção, receberemos conforme nossas obras.

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