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A síndrome do pânico tem alguma causa espiritual, ou somente orgânica e psíquica?
- O transtorno do pânico é distúrbio da ansiedade com grande prevalência na população, que se caracteriza por "ataques de pânico recorrentes e imprevisíveis, que são episódios distintos de medo e desconforto intensos associados a vários sintomas físicos como palpitações (taquicardia), sudorese, tremor, dispnéia (falta de ar), dor torácica, tontura e medo de destruição iminente ou morte" (Medicina Interna, Harrison, 15ª edição).
Essas crises têm início súbito, com auge em 10 minutos e resolução em 1 hora, e possuem freqüência variável.
A explicação fisiopatológica para a síndrome do pânico reside em vias neurais do sistema nervoso central, particularmente o tronco encefálico, numa rede de neurônios chamada Locus Ceruleos.
Acredita-se que o portador da síndrome possua uma sensibilidade aumentada a situações estressantes gerando uma reação de defesa instintiva que todos nós temos em muito menor grau.
Há também algumas especulações sobre predisposições genéticas em famílias cuja freqüência de casos é elevada.
Do ponto de vista espírita é óbvia a interferência espiritual na gênese da doença. Conflitos reencarnatórios, afrontamentos das leis naturais, gravadas na Consciência de cada um, e relacionamentos espirituais com obsessores-credores repercutem diretamente no perispírito. Este, está em íntimo contato ("molécula-à-molécula") ao corpo físico, particularmente com as células do sistema nervoso, expressando seus distúrbios na fisiologia normal dos órgãos.
Muitas doenças neurológicas não têm outra causa. No livro "Tormentos da Obsessão", em "Novos Descortinos", o Dr. Inácio Ferreira, fazendo uma reflexão das repercussões da obsessão configurada como parasitose espiritual, esclarece: "Iniciando-se de forma sutil e perversa, a obsessão, salvados os casos de agressão violenta, instala-se nos painéis mentais através dos delicados tecidos energéticos do perispírito até alcançar as estruturas neurais, perturbando as sinapses e a harmonia do conjunto encefálico.(...)
Quando das suas graves intervenções no psiquismo dos seus hospedeiros, suas energias deletérias provocam taxas mais elevadas de serotonina e noradrenalina, produzidas pelos neurônios, que contribuem para o surgimento do transtorno psicótico maníaco-depressivo, responsável pela diminuição do humor e desvitalização do paciente, que fica ainda mais à mercê do agressor."
Observamos aí um exemplo de que as dificuldades espirituais do encarnado repercutem na harmonia neural, favorecendo o surgimento de diversos transtornos neurológicos.
Por isso mesmo, é extremamente recomendável que o doente abstenha-se momentaneamente de algumas atividades espíritas que dependam de sua mediunidade, já que esta é uma faculdade neurológica que depende de um estado relativamente saudável nessa área. No capítulo XVIII, de o Livro dos Médiuns, Kardec defende essa idéia com muita ênfase.
No caso do passe, devemos lembrar que se trata de um processo mediúnico (médium curador), em que Espíritos bondosos atuam no sistema nervoso do médium, pelo perispírito, para induzir a secreção de fluidos vitais saudáveis e renovadores para o receptor. Nesse sentido, é contra-indicado uma pessoa portadora do transtorno do pânico dar passes, não pela doença em si, que pode representar um perigo, mas pela distonia na área espiritual.
É fundamental, pois, que a pessoa conscientize-se e busque o tratamento material e espiritual do seu problema.
O tratamento deve pautar-se no tríplice aspecto do ser humano: corpo, perispírito e espírito.
Dessa forma, o tratamento psiquiátrico é extremamente recomendável porque irá auxiliar na reabilitação da função neural, gerando um alívio muito grande para o paciente.
Mas isso não resolverá o problema principal, a causa de base.
É necessário, pois, um tratamento energético, em que a pessoa deve receber o passe, a água fluidificada, recuperando o equilíbrio de seu campo energético.
Além disso e sobretudo, o paciente deve buscar um reconforto espiritual através da evangelhoterapia, em tratamentos desobsessivos (se for o caso), hipnose com terapia de vidas passadas (quando indicada), etc.
Necessita, enfim, procurar transformar-se, vivenciando o Evangelho na prática.
Assim, há alguns inconvenientes de qualquer pessoa dedicar-se a trabalhar nas tarefas mediúnicas quando possua uma doença neurológica de fundo espiritual.
Porém, longe de se afastar do Centro Espírita, deve procurar integrar-se mais nas suas diversas atividades, participando e trabalhando em outros setores, como a evangelização infantil, a assistência social, etc.
E, dessa forma, encontrará espontaneamente o melhor tratamento para, um dia, voltar a exercer suas funções mediúnicas.
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