Escrito por Victor Rebelo
Há alguns anos atrás passei por algumas dificuldades, tanto na área financeira quanto no campo afectivo. Foi uma fase muito difícil da minha vida, porém, analisando a fundo tudo o que estava passando e buscando despertar minha consciência, soube canalizar forças e superar minhas dificuldades
Para isso, contei com a ajuda de irmãos espirituais que estiveram ao meu lado, não como “babás espirituais”, mas como amigos dispostos a me orientar e amparar, sem a intenção paternalista de percorrer o caminho que só cabe a mim percorrer. Entre estes espíritos amigos, está um que se apresentou como sendo o exu Sr. Tranca-Ruas.
Certa noite, já de madrugada, despertei projectado fora do corpo físico, no corredor da minha casa, que liga a sala com a cozinha. Antes que pudesse pensar em fazer qualquer coisa, algo me chamou a atenção no fundo do corredor.
Era uma forma monstruosa, parecida com aquele fantasma verde do filme Ghostbusters – Os caça-fantasmas!
Ela veio voando na minha direcção e me atravessou.
Ela veio voando na minha direcção e me atravessou.
Olhei para trás e vi outro monstro, parecido com o primeiro, que também voou na minha direcção, me atravessando.
Pensei, então: – Meu Deus, são espíritos obsessores!
Pensei, então: – Meu Deus, são espíritos obsessores!
Estou sendo assediado.
Imediatamente, comecei a rezar o Pai- Nosso, mas não consegui terminar. Aqueles monstros não paravam de voar, atravessando meu perispírito, fazendo caretas e me provocando no intuito de me assustar.
Imediatamente, comecei a rezar o Pai- Nosso, mas não consegui terminar. Aqueles monstros não paravam de voar, atravessando meu perispírito, fazendo caretas e me provocando no intuito de me assustar.
E estavam conseguindo! Recomecei a orar, e nada de conseguir terminar a prece. Então, não tem jeito! – pensei.
Preciso pedir auxílio a algum guardião!
Iniciei, mentalmente, uma das preces cantadas do exu Sr. Tranca-Ruas.
Iniciei, mentalmente, uma das preces cantadas do exu Sr. Tranca-Ruas.
Assim que comecei a entoar seu ponto de evocação, um espírito de estatura mediana, vestindo uma camisa preta, lenço vermelho na cabeça e segurando uma espécie de cajado em uma das mãos, atravessou a porta que sai do terraço para a sala de estar.
Entrou e, antes que me dissesse qualquer coisa, fui logo pedindo socorro.
Disse que estava sendo assediado por espíritos obsessores monstruosos.
Ele, então, com muita serenidade e confiança me respondeu:
– Não são espíritos obsessores. São formas-pensamento. São criações emanadas da sua mente. Todos os seus medos e insegurança estão gerando essas formas que estão te assustando.
– E o que posso fazer para acabar com elas? – perguntei ansiosamente.
– Autoconfiança! Se você confiar mais em si mesmo, em seus potenciais, bastará dizer “sumam!” e elas desaparecerão para sempre. Quer ver?
Neste momento, ele ergueu seu cajado e bateu com força, mas sem violência, no chão, e imediatamente aquelas formas-pensamento desapareceram.
Senti uma força me puxar de volta ao corpo físico e acordei (na verdade já estava acordado, só que fora do corpo), voltando a manifestar minha consciência no plano físico denso.
Levantei-me da cama e fui beber um copo d’água, reflectindo nos ensinamentos que aquele espírito amigo havia me passado.
Realmente, quantos de nós somos responsáveis pelas dificuldades por que passamos! Quantas vezes, devido a nossa imprudência, atraímos situações que nos causam sofrimento que poderíamos evitar se vivêssemos com maior lucidez espiritual. Quantas vezes geramos pensamentos de medo, acreditando que somos incapazes de superar determinada situação, nos sentindo cada vez mais fracos. E o que é pior, passamos a usar drogas ou medicamentos na ânsia de acabar com nossa angústia. Isso quando não acreditamos que alguém fez magia negra contra nós ou que estamos sendo obsediados. Na maioria das vezes, nós mesmos é que somos os culpados. Podemos chamar isso de auto-obsessão. E quando determinada idéia é constante em nossa mente (monoideísmo) acabamos gerando as formas-pensamento. As formas-pensamento irão permanecer em torno do nosso campo mental, “gravitando” ao nosso redor, pois nós as alimentamos com nossa energia. Elas parecem ter vida própria, mas na verdade obedecem automaticamente a determinados padrões de manifestação, alguns, inclusive, que fazem parte do inconsciente colectivo. Muitos médiuns clarividentes as confundem com espíritos, mas não são.
No meu caso, bastou que eu tomasse consciência de determinados pensamentos negativos que eram comuns, a ponto de serem gerados inconscientemente, para iniciar o processos de desintegração daquelas formas-pensamento.
O processo de auto conhecimento é eterno. Trabalhemos sempre nele para que possamos nos libertar da cadeia de sofrimento em que vivemos, o sansara, como diz a sabedoria oriental.
Conheça-te a ti mesmo!
Eis a lição libertadora!
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