Vista aérea da Beira
Milhares de quilómetros e a distância temporal, nos separam, Portugal e Moçambique
Contudo há umas semanas atrás, fiquei chocado com a reportagem exibida no 2º Canal da televisão portuguesa.
A reportagem focava a segunda cidade de Moçambique, a Beira e o
Grande Hotel, um dos ex-libris da cidade e que está votado ao abandono e esquecimento, para desespero dos actuais responsáveis da cidade, que são da Renamo.
Apesar da distância, a impressão com que ficamos é que há um
distanciamento entre o Governo de Moçambique, sob a orientação da Frelimo e a Beira.
Igual distanciamento há entre a capital e a Beira.
Fiquei chocado, para além dos 1.000 km que separam as duas cidades, parece que se está a cavar um «fosso», uma divisão...
Estação dos Caminhos de Ferro de Moçambique, na Beira
«A cidade Beira, foi construída com grande determinação, na margem do Rio Pungué, em cima de terrenos alagadiços e atravessados pelo Chiveve. Uma obra quase impossível.
Talvez essa teimosia tenha marcado a maneira de ser dos Beirenses. Comunidade muito coesa, altiva e hospitaleira.
A segunda cidade de Moçambique, ponto de reunião das pessoas que tinham a sua actividade no eixo Beira (o Porto) - Vila Pery (agricultura) - Tete (Barragem de Cahora-Bassa).A cidade do Chiveve sempre bela, com a sua praia, com o farol, a praça do Município; os bairros do Maquinino e da Manga; a avenida da República com as belas acácias, jacarandás e figueiras da Índia; o moderno edifício dos Caminhos de Ferro». (in xirico,http://xirico.com)
Grande Hotel da Beira, fotografia obtida em 1998
Ora, em democracia é necessário conviver com as diferenças e respeitar aqueles que pensam de maneira diferente da nossa, por muito que nos desagrade.
A diferença de opiniões e de maneiras de pensar é saudável.
Tenho-me apercebido que em Moçambique há ainda quem lide muito mal com a influência portuguesa e quem queira negar o passado, erradamente, porque Moçambique é um país único, que bebeu durante os séculos, de inúmeras culturas: Zimbabué, Árabe, Suazi, Zulu,Indiana, Chinesa e Portuguesa.Em diferentes aspectos, a multi-culturas deste país tornam-no único, face a alguns países de África e quem sabe, se este não é o motor de arranque, que permitirá Moçambique dar o grande salto em frente.
Apesar dalguns progressos, a impressão com que ficamos é que as
estradas, as ruas, edifícios e as infra-estruturas, dalgumas localidades e cidades de Moçambique se encontram completamente degradadas,votadas ao esquecimento e ao ostracismo.http://www.youtube.com/watch?v=Ngfm4xeRZq4
Praia da Beira
Excepção feita a algumas zonas da capital moçambicana que continuam imaculadas e algumas zonas do país, que vivem do turismo.
Dir-me-ão que estamos em África!
É verdade, respondo eu, muito tem sido feito em Moçambique, mas muito mais há ainda para fazer.Força Moçambique!
Este Post nasceu duma conversa entre mim e a Madalena Gouvêa
Lemos, autora do blogue Pensamentos e Espiritualidade.
domingo, setembro 16
A Beira e o Grande Hotel
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