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Um novo olhar sobre a Depressão... A visão de Espiritualidade
Um novo olhar sobre a Depressão... A visão de Espiritualidade
Um novo olhar sobre a Depressão... A visão de Espiritualidade
Zilda Moretti Psicologia Transpessoal
artigo gentilmente cedido para cópia pela Dra.Zilda MorettiSegundo Wiesel, escritor judeu do livro "Almas de Fogo", quando morremos e vamos para o céu e lá encontramos o nosso criador ele não irá nos perguntar por que não nos tornamos um messias ou porque não descobrimos a cura para isso ou para aquilo? A única coisa que nos será perguntada neste momento tão precioso é: porque você não se tornou você?
É! Essa é a sua principal responsabilidade! Pois, se não fosse, porque você seria tão incrivelmente singular? Todo mundo é diferente!
Todo mundo tem alguma coisa a dar que ninguém mais no mundo tem... todo mundo tem uma contribuição a fazer...
Será que isto já não seria o suficiente para você se entusiasmar por você mesmo?
Mas, porque em nosso mundo existem tantas pessoas que não reconhecem sua importância e acabam sofrendo de depressão?
A depressão se caracteriza por uma mudança no estado de ânimo de seu portador. Ela consiste no surgimento de um sentimento generalizado de tristeza que varia de grau, passando por um sentimento de desalinho moderado até o mais intenso desespero.
Ela pode durar poucos dias ou estender-se por semanas, meses e até anos.
Os psiquiatras consideram a depressão juntamente com a ansiedade e a angústia como fazendo parte dos distúrbios da afetividade e também os relacionam com situações de perda real ou simbólica.
A tristeza faz parte de nossa condição humana e não há quem não tenha sofrido por ela; por isso é importante não confundir estados passageiros de melancolia com a depressão a que nos referimos acima.
Nas situações de perda real citamos como exemplo: perda de emprego, do status social, morte de um ente querido, fim de um relacionamento amoroso, dentre outros que podem levar a pessoa a apresentar um quadro depressivo.
É importante ressaltar que quando a perda for somente simbólica a sensação em questão, pode advir de um sentimento de decepção em relação aos outros ou até mesmo em relação a si própria, acarretando em um rebaixamento de sua auto-estima.
Todos nós temos um limiar para suportar a dor, o sofrimento, a frustração sem que algo mais grave nos aconteça, porém, este limite parece estar muito relacionado com o nosso grau de coesão interior. E aqui incluímos mais um fator importante de análise nos quadros depressivos que temos atendido em nosso espaço clínico: A Espiritualidade!
Temos observado em nossa prática terapêutica que as pessoas que mais sofrem de depressão, são aquelas que atualmente, estão em crise ou refletindo sobre as questões ligadas à espiritualidade. Nos parece que o conjunto de crenças e valores que norteavam suas vidas até o momento não estão mais dando conta de responder as suas inquietações interiores, principalmente aqueles aspectos relacionados as perdas reais a que nos referimos anteriormente.
A doença é o resultado do desequilíbrio energético do corpo físico em razão da fragilidade emocional do espírito que o aciona.
Entendemos que a ajuda especializada, a psicoterapia aliada em muitos casos à medicação homeopática ou até mesmo alopática é de extrema importância, porém não podemos mais ignorar como cientistas do comportamento humano os demais fatores que podem estar associados aos quadros psicopatólogicos depressivos.
Quando Ciência e Religião passarem a andar de mãos dadas novamente nossa compreensão em termos das doenças que afligem os seres humanos será bastante diferenciada e com certeza nossa ajuda poderá ser mais efetiva para todos aqueles que nos procuram enquanto terapeutas.
Jesus, o maior psicoterapeuta da humanidade nos deixou como legado um dos maiores tratados de psicologia já vistos: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns e o Evangelho Segundo
Estas obras se bem analisadas e estudadas nos permitirão fazer uma nova leitura sobre temas como este, que aqui apresentamos.
Gostaríamos de lembrar que esta nova abordagem tem sido uma preocupação de muitos cientistas encarnados e que se dedicam ao estudo multidimensional do ser humano não só no Brasil, como na Europa e Estados Unidos.
Finalmente, acreditamos que o melhor remédio para as doenças de uma forma geral é a busca de integração entre o corpo, a mente e o espírito. E esta busca deve ser feita através do estudo e da fé raciocinada associada ao amor, o amor por si próprio e por seu semelhante.
Nunca perca de vista o amor! Ele é uma dádiva incrível!
E para finalizar faço minhas as palavras de um dos grandes estudiosos sobre o amor , o conferencista Léo Buscaglia que nos fala desta magia do amor que pode curar até a depressão:
"Gosto de pessoas que acreditam que no dia de seu nascimento recebem o mundo de presente. É! Numa caixa!!! Porém, fico assustado ao ver que algumas pessoas não se dão sequer ao trabalho de desatar a fita que esta amarrando a caixa. Abra a caixa! Arranque a tampa! Você vai acabar descobrindo que ela está repleta de amor, magia, vida, alegria, assombro, dor e lágrimas. Todas essas coisas que fazem parte de nossa existência humana. Não apenas as coisas realmente felizes. Não podemos ser felizes o tempo todo - não dá! Mas isto é o que é a vida de todos nós. Não é empolgante? Entre nessa caixa e você nunca se arrependerá".
Você é o melhor de você!
Você tem em você todos os recursos para se curar, e é isso que você vai ter que fazer "agora" mesmo!
(Zilda Moretti é psicóloga, psicoterapeuta com abordagem Transpessoal, mestre em Psicologia da Educação e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo e doutoranda em Sociologia das Religiões pela mesma Universidade)
Borderline é um transtorno de personalidade
Borderline é um transtorno de personalidade que traz sérias conseqüências para a pessoa, seus familiares e seus amigos próximos. O termo "fronteiriço" se refere ao limite entre um estado normal e um quase psicótico, assim como às instabilidades de humor.
Não é muito freqüente. Nos USA se considera 2% da população, (mas cuidado, geralmente as estatísticas lá são exageradas). Muito mais freqüente em mulheres do que em homens (por isso a página é escrita no feminino).
1) Sintomas (claro que nem todas as Borderline tem todos estes sintomas):
2) Risco aumentado para:
3) A causa provável é uma combinação de:
Cuidado com conclusões precipitadas do tipo "você foi abusada" ou "você foi aterrorizada".
4) Evolução:
5) Fatores de bom prognóstico:
6) Tratamento.
A integração de tratamentos medicamentosos mais psicoterápico trouxe grandes progressos no tratamento do Transtorno Borderline.
O tratamento medicamentoso inclui Estabilizadores de Humor (mesmo que não se trate de DAB) pois eles ajudam a conter a impulsividade e as oscilações de humor.
Antidepressivos e Tranqüilizantes não tem a mesma eficácia que teriam em casos de depressões ou ansiedades "puras" mas certamente tem sua utilidade em Borderline.
Embora a medicação seja muito importante, ela é ator coadjuvante. O ator principal no tratamento é a Psicoterapia.
Não é uma terapia fácil. O que acontece "na vida real" acontece dentro do consultório: instabilidade, alternância de amor e ódio, idealização e desapontamento com o terapeuta, sedução, impulsividade, etc.
Geralmente no início do tratamento a Psicoterapia é mais Analítica, para que a paciente reconheça o problema, suas causas e as conseqüências na sua vida.
Mais tarde, quando as causas e conseqüências estiverem bem entendidas pela paciente, a Psicoterapia Cognitivo Comportamental (TCC) é mais útil, pois ela ensina a paciente a ter comportamentos alternativos mais saudáveis.
Isso quer dizer o seguinte: o tratamento exige paciência, persistência, disciplina e muito boa vontade.
Pacientes gratos hoje podem se mostrar ingratos amanhã.
Terapeutas que hoje são vistos como atenciosos e dedicados podem ser criticados e vistos como monstros amanhã.
Não é muito freqüente. Nos USA se considera 2% da população, (mas cuidado, geralmente as estatísticas lá são exageradas). Muito mais freqüente em mulheres do que em homens (por isso a página é escrita no feminino).
1) Sintomas (claro que nem todas as Borderline tem todos estes sintomas):
- Medo de abandono: uma necessidade constante, agoniante de nunca se sentirem sozinhas, rejeitadas e sem apoio.
- Dificuldade de administrar emoções
- Impulsividade.
- Instabilidade de humor. As oscilações de humor do DAB ou TAB - Distúrbio ou Transtorno Afetivo Bipolar duram semanas ou meses, mas as Borderline têm oscilações de minutos, horas, dias. Essas oscilações de humor incluem depressões, ataques de ansiedade, irritabilidade, ciúme patológico, hetero- e auto-agressividade. Uma paciente marca a consulta informando que está super deprimida, querendo morrer. No dia seguinte chega à consulta bem humorada, bem vestida, maquiada, vaidosa.
- Comportamento auto-destrutivo (se machucar, se cortar, se queimar). As portadoras de Borderline dizem que se machucam para satisfazer uma necessidade irresistível de sentir dor. Ou porque a dor no corpo "é melhor que a dor na alma".
- Tentativas de suicídio, mais freqüentemente as de impulso do que as planejadas.
- Mudanças de planos profissionais, de círculos de amizade.
- Problemas de auto-estima. Borderlines se sentem desvalorizadas, incompreendidas, vazias. Não tem uma visão muito objetiva de si mesmos.
- Muito impulsivas: idealizam pessoas recém conhecidas, se apaixonam e desapaixonam de maneira fulminante.
- Desenvolvem admiração e desencanto por alguém muito rapidamente. Criam situações idealizadas sem que o parceiro objeto do afeto muitas vezes nem tenha idéia de que o relacionamento era tão profundo assim...
- Alta sensibilidade a qualquer sensação de rejeição. Pequenas rejeições provocam grandes tempestades emocionais. Uma pequena viagem de negócios do namorado ou marido pode desencadear uma tempestade emocional completamente desproporcional (acusações de rejeição, de abandono, de não se preocupar com as necessidades dela, de egoísmo, traição, etc.).
- A mistura de idealização por alguém e a extrema sensibilidade às pequenas rejeições que fazem parte de qualquer relacionamento são a receita ideal para relacionamentos conturbados e instáveis, para rompimentos e estabelecimento imediato de novos relacionamentos com as mesmas idealizações.
- Menos freqüente: episódios psicóticos (se sentirem observadas, perseguidas, assediadas, comentadas).
2) Risco aumentado para:
- Compras Compulsivas.
- Sexo de risco.
- Comer Compulsivo, Bulimia, Anorexia.
- Depressão.
- Distúrbios de Ansiedade.
- Abuso de substâncias.
- Transtorno Afetivo Bipolar.
- Outros Transtornos de Personalidade.
- Violência (não só sexual), abusos e abandono, por causa da impulsividade e da falta de crítica para escolher novos parceiros.
3) A causa provável é uma combinação de:
- Vivências traumáticas (reais ou imaginadas) na infância, por exemplo abuso psicológico, sexual, negligência, terror psicológico ou físico, separação dos pais, orfandade.
- Vulnerabilidade individual.
- Stress ambiental que desencadeia o aparecimento do comportamento Borderline.
Cuidado com conclusões precipitadas do tipo "você foi abusada" ou "você foi aterrorizada".
4) Evolução:
- Geralmente começa a se manifestar no final da adolescência e início da vida adulta.
- Com o passar dos anos existe uma diminuição do número de internações hospitalares e de tentativas de suicídio.
- Parece piada de mau gosto, mas é uma realidade estatística: a cada tentativa de suicídio que a Borderline sobrevive, diminui a chance de uma nova tentativa.
5) Fatores de bom prognóstico:
- Bons relacionamentos familiares, sociais, afetivos, profissionais.
- Participação em atividades comunitárias: igrejas, clubes, associações culturais, artísticas, etc.
- Baixa ou ausente freqüência de auto-agressão.
- Baixa ou ausente freqüência de tentativas de suicídio.
- Ser casada.
- Ter filhos.
- Não ser promíscua.
6) Tratamento.
A integração de tratamentos medicamentosos mais psicoterápico trouxe grandes progressos no tratamento do Transtorno Borderline.
- Medicação:
O tratamento medicamentoso inclui Estabilizadores de Humor (mesmo que não se trate de DAB) pois eles ajudam a conter a impulsividade e as oscilações de humor.
Antidepressivos e Tranqüilizantes não tem a mesma eficácia que teriam em casos de depressões ou ansiedades "puras" mas certamente tem sua utilidade em Borderline.
Embora a medicação seja muito importante, ela é ator coadjuvante. O ator principal no tratamento é a Psicoterapia.
- Psicoterapia:
Não é uma terapia fácil. O que acontece "na vida real" acontece dentro do consultório: instabilidade, alternância de amor e ódio, idealização e desapontamento com o terapeuta, sedução, impulsividade, etc.
Geralmente no início do tratamento a Psicoterapia é mais Analítica, para que a paciente reconheça o problema, suas causas e as conseqüências na sua vida.
Mais tarde, quando as causas e conseqüências estiverem bem entendidas pela paciente, a Psicoterapia Cognitivo Comportamental (TCC) é mais útil, pois ela ensina a paciente a ter comportamentos alternativos mais saudáveis.
Isso quer dizer o seguinte: o tratamento exige paciência, persistência, disciplina e muito boa vontade.
Pacientes gratos hoje podem se mostrar ingratos amanhã.
Terapeutas que hoje são vistos como atenciosos e dedicados podem ser criticados e vistos como monstros amanhã.
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