segunda-feira, abril 7

COMO ME RELACIONAR

O "eu" é infinito e vive para além das quatro paredes desta vida. A nossa maior frustração é a morte. Em alguma altura da vida acreditamos secretamente que viveremos para sempre. Acontece que isso é verdade. Nós realmente vivemos para sempre.

A nossa consciência subtil está lá, para todo o sempre. A questão é que, não só não nos lembramos como não podemos escolher as companhias. A eternidade é solitária. Assim começa o medo da morte.

Por não querermos aceitar um outro tipo de existência em que, acreditamos nós, nos vejamos completamente afastados de todos os que amamos. E das coisas materiais que amamos, para ser bem objectivo. Ora esse medo do afastamento provoca um forte impulso para a aproximação e possessão. E assim nos vamos relacionando como se o outro nos pertencesse, como se alguém pudesse ser dono de alguém.

Eu deveria relacionar-me sabendo que existe a eternidade e que estamos todos juntos, sempre. Eu sou feliz, se tu fores feliz, independentemente de estares longe ou perto de mim. Eu te encontrarei sempre no meu coração onde quer que estejas na vida física.

Ao perder o medo da perda, da separação, eu ganho toda a eternidade. Ao soltar a posse, ao acreditar que todos os caminhos se voltarão a cruzar algum dia, eu ganho a vida eterna.

Este Jesus Cristo Que Vos Fala, Livro 1/ A Entrega,
Alexandra Solnado

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