O ARQUÉTIPO DA AUTOPIEDADE
Uma pessoa nasce com questões de piedade para resolver. Traz isto de outras vidas, naturalmente acredita que é uma pessoa que sofre muito, por tudo e por nada; acredita que nunca consegue nada, nunca anda para a frente.
Essa pessoa, naturalmente suscita nos outros vontade de ajudar, mas ela nunca aceita nada. Nunca se acha merecedora de nada, nunca consegue aproveitar uma única sugestão dos seus amigos, uma única oportunidade. Apesar de estar sempre a pedir ajuda desesperadamente, nunca consegue sair de onde está. Tem pena dela própria, não se acha merecedora.
Essa autopiedade não é desta vida, é de outra vida. Mas nesta vida ela vive com isso. Vive bem com isso.
Com todo esse sofrimento e penitência ainda consegue imensa atenção dos outros. Os outros, por sua vez, chegam ao ponto em que se cansam de ajudar, de levantar o moral, e começam a perceber que a autopiedade não é um estado, uma situação passageira. É um modo de vida. Afastam-se, deixam de dar atenção. Começam a julgar e a ter pena. Pena mesmo.
Quero com isto dizer que as pessoas que trazem o arquétipo da auto-piedade atraem situações de piedade. Eu tenho pena de mim, atraio que os outros tenham pena de mim.
O que vai, volta. O que vai, volta sempre. Por isso é que te digo que devemos cuidar do que vai, para que não volte nunca mais.
Este Jesus Cristo Que Vos Fala, Livro 3/ A Era da Liberdade,
Alexandra Solnado
Sem comentários:
Enviar um comentário