sexta-feira, novembro 16

Martinho da Vila -Entrevista
















"Esse negócio de ator é muito difícil".




Assim Martinho da Vila resume a sua incursão pela dramaturgia.




O cantor e compositor faz a sua estréia no cinema em "A Magia do Samba", de Teddy Hayes.




O filme está em cartaz na mostra Expectativa, do Festival do Rio, e será exibido em sessão de gala nesta quarta-feira, 26, no Odeon, na Cinelândia.




O longa-metragem conta cinco histórias que acontecem durante o carnaval de Nothing Hill, realizado em agosto, e foi todo rodado em Londres.




Em entrevista ao EGO, Martinho da Vila conta detalhes de sua experiência e revela: apesar da estranheza, não pretende deixar o cinema tão facilmente. POR Florença Mazza





01.

Como surgiu a idéia de fazer um filme?




O Teddy me conhece há uns três anos, por causa de minha música, e me convidou para fazer um filme. A idéia inicial era fazer um filme sobre mim, mas eu não quis. Então ele resolveu falar sobre os imigrantes e aí eu topei, mas ainda assim ele correu um risco danado.
A idéia inicial era fazer um filme sobre mim, mas eu não quis .





02.

Por quê?




Por causa de sua inexperiência no cinema? Não, porque eu disse que se o resultado não ficasse bom o filme não seria lançado. Começamos a gravar há dois carnavais, durante o evento em Notting Hill. E, apesar de ainda não ter visto a última edição, fui eu que aprovei o filme, que o Teddy trouxe para eu ver em um laptop aqui no Brasil.





03.

E qual a sua participação no filme?




É uma ficção na qual eu interpreto o Martinho da Vila. Eu desenvolvi o enredo e fiz o samba para a escola Paraíso Samba School, que já existe e desfila no carnaval londrino.





04.

Além de atuar, o senhor desenvolveu a trilha sonora do longa?




Sim, as músicas e os arranjos foram todos feitos por mim e pela minha banda aqui no Brasil.




As versões em inglês de algumas canções foi o Teddy que fez.



As músicas e os arranjos foram todos feitos por mim e pela minha banda aqui no Brasil





05.

E como foi a experiência de ator?




Ah, esse negócio de ator é muito difícil (risos).







06.

Mesmo interpretando você mesmo...




Eu tenho uma dificuldade como artista.




Para mim é muito difícil quando preparam um roteiro para o meu show com falas programadas etc.




Eu sou sempre eu mesmo e acho difícil essa coisa de interpretar, de ser outra pessoa. E o ator é outra pessoa.





Eu tenho uma dificuldade como artista. Para mim é muito difícil quando preparam um roteiro para o meu show com falas programadas etc.







07.

Então, os espectadores não verão o Martinho na telona novamente...




Não sei. Eu e Teddy estamos torcendo pelo sucesso desse filme e temos outros projetos em mente, na área de dramaturgia.




Mas primeiro aguardamos o resultado desse longa, que gravamos em dois anos e meio.







08.

Qual a importância desse filme para a imagem do Brasil?




Este é um filme que fala de brasileiros que querem subir, que se aventuram. Um filme inédito, que não tem favelas. É um filme que mostra um Brasil fora do Brasil.





Um filme inédito, que não tem favelas. É um filme que mostra um Brasil fora do Brasil.



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