Queridos tios, primos e manos
É com enorme alegria que vos confirmo a publicação do texto do tio Toel, sobre o nosso pai, irmão e tio, no jornal moçambicano Savana.Sei que foi publicado em página inteira com uma foto do nosso pai no meio dos seus quarenta anos, em companhia do Rui Knopfli fumando charuto.
Tão logo que receba uns exemplares vos enviarei.
Embaixo uma cópia do meu mail de agradecimento ao Fernando Lima, diretor do Jornal Savana.
beijos e abraços
Tó Maria
Caro Fernando Lima
Muito obrigado pela atenção dispensada a um dos desconhecidos ícones do jornalismo moçambicano em tempos coloniais.
Reviver o meu pai através de um jornal que simboliza a luta de um jornalismo independente, sério, dedicado à verdade (neutro e anti dependência-partidária), foi sem dúvida uma ótima plataforma dentro do jornalismo actual moçambicano, que se poderia ter encontrado.
Mesmo sendo eu suspeito, (como filho do homenageado), para fazer tal afirmação;
Tenho a certeza que essa etapa passada da intelectualidade moçambicana, um dia ainda conquistará o devido lugar na História da Imprensa e Literatura Moçambicana.
Terem escolhido uma foto dele com Rui Knopfli foi o ponto em cima do "i" que resume e lembra exatamente esse movimento de vanguarda que este país teve no passado.
Onde outras pessoas de valor como o "Nosso Poeta" José Craveirinha, Adrião Rodrigues, Ricardo Rangel e muitos outros que encheriam o Savana de muitas páginas históricas.
Eles representaram na História da Literatura Nacional, o tipo de carácter humano, que mesmo quando estampados por várias direções políticas, respeitados ou rejeitados, jamais se vergam ou se vendam a interesses momentâneos e mesquinhos.
São os que sempre tiveram ou têm, poucos admiradores capazes de perceberam e reconheceram a sua capacidade visionária de antever com tanta claridade, o que História posterior e atual, acaba lhes dando razão.
Os intelectuais na luta utópica de suas crenças, são sempre manipulados enquanto necessários, e engolidos pelo poder das armas regentes, que quando incomodados os acabam descartando.
Passando eles injustamente a ser parte do Obscurantismo executado e manejado pelo nepotismo de poderes corruptos e inimigos da idoneidade política, mantendo-se como expressão de um movimento literário que só tinha um compromisso;
O respeito á diferença de pensamento, à Verdade na imprensa e à Idoneidade de Caráter.
Medindo e analisando governos e pessoas não pelos seus cartões de visitas, suas aparências de "Santos de Pau Oco", e sim pelos seus verdadeiros actos em vida.
Os meus fortes desejos de que o SAVANA continue levando em frente essa Tocha da Liberdade de Imprensa, já carregada por muitas Pessoas
- Exemplo que jamais deverão cair nas masmorras do esquecimento nacional, como o grande jornalista Cardoso.
Um abraço solidário à vossa incansável luta, por um Moçambique verdadeiramente Livre, Humano e socialmente menos Hipócrita.
Antônio Maria G.Lemos
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